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Por: Letícia Ferreira
Por pressão do mercado ou dos governos as empresas estão mudando. É o que é possível perceber na maneira que elas se comportam publicamente (ou na maneira como se comunicam) ao projetar sua imagens para os consumidores. Independente da área de atuação, o tema meio ambiente está presente dentro da imagem de si mesmas, que as empresas pretendem transmitir para o consumidor, seu público-alvo. Um tema considerado até inovador, se observar alguns anos atrás.
Parte dessa mudança está no público e nas transformações que a sociedade vivência como consequência das transformações da natureza. Da mesma maneira que determinado tratamento dado às mulheres, como o ocorrido no Quintadinha Bar, em São Paulo, não são mais aceitos sem qualquer questionamento, aos poucos, diversos públicos não consomem marcas ou serviços que não está dispostos a se adaptar aos desafios ambientais impostos causados pelo homem.
No campo científico, não há  conclusão do campo científico sobre a natureza dessas mudanças. O professor e pesquisador do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Artaxo, estuda há cerca de 30 anos micropartículas presentes no ar, chamadas de aerossóis atmosféricos. Elas influenciam a formação das novéis e a regulação do clima.  Artaxo é um dos principais pesquisadores mundiais sobre mudança climática, já dividiu um prêmio Nobel com cientistas do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Além dele, no mundo todo, há uma grande comunidade científica debruçada sobre as mudanças climáticas, suas consequências e causas.
Na própria USP, só no Incline (Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre Mudanças Climáticas) estão envolvidos 58 pesquisadores envolvidos com o tema e 90 colocadores externos de toda América Latina, diversos países europeus, América do norte e Austrália. Interesse científico motivado pela observação de dados sobre concentração de CO² (gás carbono) e do aumento de temperatura atmosférico e suas consequências. Apesar de não existir um consenso estabelecido, a preocupação e os estudos desenvolvidos pelo tema, destacar que causas reais que motivam tais movimentações existem, e isso a ciência não pode ignorar.
Trasnacionalidade
 
O diálogo em busca de uma mediação as mudanças no meio ambiente perpassa por outros campos onde a ciência busca de alguma maneira influenciar. Em âmbito mundial, a ONU incorporou os desafios da sociedade para com o meio ambiente em suas ações. O documento final resultado da última Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20 sugeri que objetivos e metas como os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, sejam criados com uma perspectiva que contemple as necessidades ambientais e de sustentabilidade dos países que constituem a organização.
Em 2015, como resultado dos indicadores da Rio+20, uma nova agenda global foi finalizada: os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). 17 metas direcionaram os esforços globais dos próximos 15 anos (2030) contra a pobreza e a desigualdade. Assim como o próprio nome, a partir da Rio+20, questões ambientais presentes de maneira dispersa nos objetivos do Milênio foram incorporados de maneira mais sólida aos  objetivos mundiais.

Redação

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