Escreva para pesquisar

A bola de neve de mentiras que uma notícia falsa cria pode ter solução

Compartilhe

Formas de conter a proliferação de fake news vão desde o uso de veículos especializados até senso crítico de quem as consome
A forma como cada pessoa vê o mundo ou acha como ele deveria ser se reflete na forma como são usadas as redes sociais. O que se escolhe compartilhar, postar ou dar like,  entrega preferências alimentares, musicais e num nível mais sério, as inclinações políticas. “O grande número de compartilhamento de fake news (bem maior quando comparado ao compartilhamento de notícias “verdadeiras”) revela o quanto simpatizamos com a ideia de um mundo como a gente gostaria que ele fosse. Revela o quanto aquilo que chamamos de “verdade” ou de “realidade” é algo fluído em tempos de conectividade permanente”, é o que aponta o jornalista Juliano Domingues, doutor e mestre em Ciência Política pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), sobre o mundo sendo permeado pelas fake news, ou notícias falsas em tradução literal para o português.
A partir de 2016, o debate se intensificou com as eleições dos Estados Unidos. A campanha de Trump foi acusada de direcionar notícias falsas pela rede com o intuito de difamar a imagem da principal candidata democrata, Hillary Clinton. O resultado foi uma onda de desinformação sobre a candidata, o que levou a mais crédito a Trump por parte desses eleitores. Apesar de termos tido notícias falsas durante toda a história, a internet e as redes sociais possibilitaram que esse tipo de conteúdo se espalhasse de maneira mais veloz. “A escala que a disseminação de informações passou a ter com a popularização da internet, dos dispositivos móveis e dos sites de redes sociais. Isso se reflete no impacto no mundo “real”, declara Juliano.
Recentemente, várias iniciativas de veículos jornalísticos tomaram forma com a intenção de combater fake news. Tanto iniciativas nacionais quanto internacionais se dedicam a fazer esse trabalho de checagem, em inglês conhecido como “fact-checking”. No Brasil, a mais conhecida é a Agência Lupa, que checa desde declarações de políticos a notícias que tem toda a cara de serem falsas.
No começo de maio, o próprio Facebook lançou um programa que visa combater as notícias falsas, já que a plataforma também pode agregar esse tipo de conteúdo nocivo para as redes. A checagem ocorrerá em parceria com a própria Lupa e o Aos fatos, site que se encarrega do mesmo trabalho. As agências terão acesso às denúncias feitas pelos usuários do Facebook, e assim que comprovarem a falsidade da notícia, a mesma será menos distribuída ao feed de quem denunciou e não poderá ser impulsionada. Segundo o Facebook, as páginas que publicarem conteúdo falso continuamente serão punidas com a diminuição do alcance de suas publicações.

política1Arte: Caio Boscariol

“Geralmente, eu vejo se o local que foi publicado a notícia é bastante conhecido e acessado, o que dá mais credibilidade e confiança para o que está  sendo lido’, é o que diz a estudante Ana Beatriz dos Santos. 20, que está constantemente conectada em redes sociais. Segundo ela, “dependendo da notícia, pessoas e ações são julgadas injustamente, gerando um grande desconforto para quem está envolvido. Além de não agregar nada de positivo para os leitores”.
Dar um basta nas  notícias falsas é impossível, como diz Juliano. “Me parece um tanto utópico pensar em “parar”. A batalha pela realidade está imersa em um ambiente muito complexo e multifatorial. Além disso, a internet está ancorada justamente no ideal de liberdade. Por mais que esse propósito tenha sido fragilizado por interesses ou de governos ou de grandes corporações, o controle de algo no ambiente da internet é quase impossível”. Resta o bom senso e a checagem das fontes sempre que possível para que elas não se proliferem com tanto volume.
 

Redação

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Nam quis venenatis ligula, a venenatis ex. In ut ante vel eros rhoncus sollicitudin. Quisque tristique odio ipsum, id accumsan nisi faucibus at. Suspendisse fermentum, felis sed suscipit aliquet, quam massa aliquam nibh, vitae cursus magna metus a odio. Vestibulum convallis cursus leo, non dictum ipsum condimentum et. Duis rutrum felis nec faucibus feugiat. Nam dapibus quam magna, vel blandit purus dapibus in. Donec consequat eleifend porta. Etiam suscipit dolor non leo ullamcorper elementum. Orci varius natoque penatibus et magnis dis parturient montes, nascetur ridiculus mus. Mauris imperdiet arcu lacus, sit amet congue enim finibus eu. Morbi pharetra sodales maximus. Integer vitae risus vitae arcu mattis varius. Pellentesque massa nisl, blandit non leo eu, molestie auctor sapien.

    1

Deixe um comentário

Your email address will not be published. Required fields are marked *