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A importância da sustentabilidade e sua relação com a economia

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A sustentabilidade vem se fazendo cada vez mais necessária dentro do debate atual de preservação e valorização das matérias primas. Além disso, ela tem um grande impacto dentro da economia, já que a mudança de comportamento e consumo afeta diretamente essa questão. Por esse motivo, é essencial compreender não só a importância dela, mas, também, como podemos aplicar a economia sustentável no nosso dia a dia.

Por que optar pela sustentabilidade?

Para o economista Reinaldo Cafeo, pensar na economia sustentável e não só pensar no lucro que está em jogo. Essas práticas contemplam, prioritariamente, a qualidade de vida dos indivíduos e o trabalho em harmonia com a natureza. “Estamos falando de bem-estar, para priorizar a situação a longo prazo, abrindo mão da visão a curto prazo de que o lucro tudo pode. O que é bem diferente do que a humanidade tem feito até aqui”, explica o economista.
O surgimento da economia sustentável vem em contrapartida do que vivenciamos a partir da Revolução Industrial. Esse período nos trouxe uma grande utilização dos recursos, uma automatização dos negócios, a opção por vender em escala e é evidente que tudo tem um preço. “A economia sustentável vem como uma mudança que se assemelhante a essas revoluções que já tivemos. Uma mudança da forma de encarar os recursos, na maneira de organizar os sistemas econômicos, na forma do consumidor enxergar seu papel de um jeito consciente, deixando de lado o pensamento de que o resto não importa. Pelo contrário, o resto é que importa e nós temos que adequar nosso consumo em cima disso”, contextualiza Reinaldo.

Sustentabilidade no dia a dia

E, por mais que pareça uma realidade distante do que se vivencia na sociedade hoje, é possível inseri-la no dia a dia, seja observando os produtos consumidos cotidianamente, seja, compreendendo como cada indústria se apropria de recursos e de matéria-prima. Reinaldo aponta que “a área alimentícia pode investir no reaproveitamento adequado dos alimentos, na eliminação dos desperdícios. A questão da moda também pode ser sustentável, é só olhar a produção dos itens que estão sendo colocados. Há estudos que apontam que alguns resíduos de produtos têxteis são altamente poluidores. E, na arquitetura, existe a possibilidade do aproveitamento melhor dos recursos naturais”.

Arquitetura sustentável

A permacultura, por exemplo, busca repensar a arquitetura e alinhá-la a uma técnica mais sustentável. A ideia principal é cultivar a cultura da permanência e os princípios básicos da natureza, integrando plantas, animais, construções e pessoas em um ambiente de harmonia.
“Ela partiu de um movimento mais voltado para a agricultura, criado por dois australianos, Bill Mollison e David Hollen. Eles estavam em um momento de começar a discutir questões ambientais e a permacultura vem com a ideia de produzir alimentos de uma forma mais sustentável”, afirma Guilherme Fernandes, membro do grupo de permacultura Curare, da Unesp de Botucatu. Ele explica que a palavra vem de cultura permanente, que são assentamentos humanos ecologicamente sustentáveis. “Aos poucos, ela foi se tornando uma coisa mais global, ao abordar questões da própria arquitetura, alimentos, energia, manejo da água e da terra”, completa Guilherme.
A técnica valoriza não só pela natureza como, também, pelas relações pessoais, já que é baseada em princípios éticos a partir do cuidado da terra, das pessoas e da partilha justa de recursos e do trabalho. Para isso, há o estudo e observação do ambiente para analisar o que pode ser aproveitado como recurso e matéria-prima. “Como ela preza desde questões de relações pessoais até a questão ecológica, ela vai olhar para como esse trabalho vai ser feito, o que tem de mão de obra disponível, o que tem de energia que passa pelo lugar. Então, a permacultura na arquitetura parte de uma leitura da paisagem, do que já tem no lugar; como aproveitar o máximo da energia do sol e como ela pode ser captada no decorrer do ano; o vento; como a água naquela paisagem corre”, completa Guilherme.
Além de proporcionar uma moradia muito mais sustentável e ecológica, a proposta é exercer uma arquitetura socioambiental e cultural, já que o intuito é que tenha um efeito sobre todo o ambiente ao redor. “As pessoas costumam perguntar se sai mais barato e eu digo que não há diferença financeiramente, pois os benefícios não são econômicos, são socioambientais e culturais”, relata Lucas Lotufo, arquiteto que atua com construções baseadas na permacultura. Isso acontece porque, primeiro, você diminui o impacto na natureza, segundo, porque uma parede de superadobe, que é produzida a partir da terra ensacada, traz um conforto ambiental para casa que é muito melhor que um tijolinho tradicional. “Fora isso, você está investindo na mão de obra local, gastando mais com pessoas do que com material, e essas pessoas irão contribuir com a economia local, muito mais do que se for comprar um material que vem de fora”, completa ele. Ou seja, isso estimula a economia, a cultura e o conhecimento local.

É possível ampliar a economia sustentável?

Para o economista Reinaldo Cafeo, são essas iniciativas que irão reformular nossa visão econômica. “É possível e depende muito de políticas públicas e de conscientização da população. Precisamos de uma revolução vindo da própria educação formal, depois atingindo as organizações sociais, sociedade civil organizada e isso, de certa maneira, passará a ser também projetos de governo. Estamos no início dessa questão”, explica ele.

Redação

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