Por Edison Fonseca Vergel, Josué Braga e Renan Hass
O Brasil é o primeiro país sul-americano a receber uma edição de Jogos Olímpicos, após a vitória da candidatura do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpico de 2016, que acontece de 5 a 21 de agosto e terá a participação de 10.500 atletas de 206 países.
No Brasil também há apoio do governo federal com as bolsas para os atletas e as informações podem ser obtidas no Ministério do Esporte. No ano passado, a Presidenta Dilma Rousseff celebrou os 10 anos da bolsa atleta. “Ao completar a primeira década, o bolsa atleta, que muitos falavam que não ia dar certo, quando a gente faz o balanço fica claro que, no teste de escala, o programa passou. Nós concedemos, agora em 2015, 6.093 bolsas e, em 2005, eram 975. Ao todo são 43 mil bolsas nesses 10 anos. Com esse ânimo é que nós pretendemos caminhar para assegurar que o maior legado das nossas Olimpíadas e Paralimpíadas seja essa formação de atletas de alto rendimento e de massificação de todos os esportes”, disse a presidenta.
Além disso, outras competições muito importantes acontecem no Brasil, é o caso da Corrida Internacional de São Silvestre, realizada anualmente nas ruas da cidade de São Paulo, Brasil, no dia 31 de dezembro, dia de São Silvestre (data de morte do Papa da Igreja Católica, canonizado também neste dia, anos depois, no quarto século da Era Cristã) e de onde vem o seu nome.
A prova chega à sua 92ª edição sem qualquer interrupção neste ano 2016. Idealizada pelo jornalista Cásper Líbero no ano de 1924, foi realizada até mesmo durante a Revolução Constitucionalista de 1932 e a Segunda Guerra Mundial. A corrida, a mais famosa e tradicional do Brasil e da América do Sul, tem um percurso atual de 15 km pelo centro de São Paulo e é uma competição mista desde 1975, quando começou a participação oficial das mulheres. Entre 1925, ano de sua criação e 1944, foi disputada apenas por brasileiros.
O maior vencedor – e também recordista – da prova é o queniano Paul Tergat com cinco vitórias e, entre as mulheres, a portuguesa Rosa Mota, que com seis vitórias consecutivas nos anos 1980 é a maior vencedora geral. Entre os brasileiros, o título fica com Marílson Gomes dos Santos, com três vitórias.
As Olimpíadas do Rio de Janeiro acontecem de 5 a 21 de agosto de 2016. (Crédito: divulgação).
Outras corridas famosas no Brasil são: a Maratona Internacional de São Paulo realizada anualmente desde 1995, a prova é realizada dentro da cidade de São Paulo com largada na Ponte Estaiada e chegada no Parque do Ibirapuera. Desde 2011, a competição conta com percursos de 25, 10 e 3 km. Também está, a Maratona da Cidade do Rio de Janeiro ao lado da Maratona de São Paulo, é uma das principais maratonas do Brasil. Ocorre anualmente desde 1979, edição que marcou a primeira corrida desta distância realizada no país. O percurso tem largada no Recreio dos Bandeirantes e chegada no Aterro do Flamengo.
A Volta Internacional da Pampulha, é uma prova com percurso de 17,8 km, que serve de preparatório para os atletas que disputam a Corrida de São Silvestre. Ela acontece todo ano em Belo Horizonte, Minas Gerais, desde 1999. O nome foi dado devido ao percurso da prova, que tem como trajeto o contorno da Lagoa da Pampulha – importante ponto turístico da capital. E, por último, a Volta à Ilha é uma corrida de revezamento criada em 1996, com o objetivo de dar uma volta completa pela ilha de Florianópolis, Santa Catarina. Os trechos que cada integrante da equipe percorre variam de 3 a 11 km.
O Prof. Dr. Márcio Pereira da Silva, é responsável pelas disciplinas “Atletismo” e Práticas Formativas em Atletismo”, no curso de Educação Física da Unesp desde 2002 e também é o Coordenador do Meeting Infanto-Juvenil do Projeto de Extensão “Atletismo na Unesp: dos fundamentos ao aprimoramento”.
Ele nos conta que o objetivo pela disciplina de atletismo dentro do curso de educação física está relacionado com um projeto político-pedagógico e a ideia é aproximar os alunos ao universo do atletismo. Lá eles têm oportunidade de adquirir conhecimentos sobre: o histórico da modalidade, as provas que fazem parte, e algumas características de fundamentos técnicos e pedagógicos para desenvolvimento de cada uma delas. Então, eles têm oportunidade a partir das aulas teóricas, envolvendo a observação de vídeos e assim familiarizar-se com as exigências de atletismo. Depois nas aulas práticas têm a oportunidade de ver como pode ser desenvolvido o atletismo dentro de um espaço destinado, por exemplo: à escola.
A iniciação esportiva do atletismo normalmente tem acontecido nas escolas, já que são poucos os clubes que dão oportunidade à criançada desenvolver-se com o atletismo e para muitas delas a primeira chance de ter um contato mais próximo com atletismo é dentro da escola.
O professores trabalham principalmente estratégias para a partir de uma idade mais nova inserir as crianças e jovens no universo do atletismo. Trabalha-se menos com o objetivo de desempenho e mais com o objetivo de aquisição de um padrão motor de execução dos movimentos para lançar, saltar e correr de acordo com as provas de atletismo.
Não há exigências médicas para os alunos que pretendem ingressar no curso. Mas antes de iniciar as atividades precisam levantar uma ficha e a partir são coletadas as informações sobre a rotina de atividade, de alimentação, histórico familiar de doenças, e nesses casos, se necessário, indicam ou não a necessidade de uma avaliação médica.
Apesar do curso de extensão ser para crianças e jovens, em alguns momentos o grupo se mistura com os alunos do curso de Educação Física que é bastante heterogêneo. O professor Márcio diz que existem alunos universitários que praticam o atletismo com idade entre 16 ou 17 anos e de 60 e 61 anos.
As orientações gerais para os atletas incluem uma rotina alimentar, com seis refeições diárias, com intervalo máximo de 2h30 entre elas, e devem ocorrer sempre até 1h30 antes do treino, para assim, garantir que eles tenham condições de sustentar a intensidade da prática. , porque eles podem sentir mal ao não ter energias e estar muito fracos para trenar.
Os treinos acontecem de são segunda-feira, terça-feira e quinta-feira sempre das 18h até 19h30. O tempo de treino varia de acordo com o nível do participante, já que existem pessoas que chegam para o projeto que já tem um bom nível inicial de condicionamento.
O Ginásio de Unesp tem uma pista básica de pedrisco, o que para o treinamento de atletismo é boa por permitir a diminuição da intensidade do impacto, além de ser uma pista funcional. O Professor Márcio recomenda aos atletas que o uso de tênis adequados para corridas e tipo de pisadas auxiliam na prevenção de futuras lesões.
Falamos também com Debora Aires, atleta amadora, treina desde 2014 e atualmente integra o grupo com cerca de 20 pessoas no Projeto dos alunos da Unesp como , com idade média entre 25 e 30 anos de idade. “Eu nunca participei de nenhuma competição, faço atletismo por saúde, no começo eu não tinha ritmo de corrida e tinha dificuldade em atividades aeróbicas”, diz Débora.
Assim como muitas pessoas todos temos que sair as ruas a correr, porque o esporte é saúde.
Que máximo. Parabéns pelo post