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Coalisão internacional contra o terrorismo

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No último domingo, a França atacou pontos terroristas na Síria, mas os ataques também buscam um lugar de protagonismo em negociações futuras.

Por João Pedro Vallim

As forças internacionais estão cada vez mais se posicionando contra o avanço do grupo autodenominado Estado Islâmico (EI). A vasta ofensiva do grupo em território sírio tem aumentado o conflito que já existe naquela área deixando a segurança no local ainda mais alarmante. Devido aos intensos conflitos, cerca de 4 milhões de sírios já abandonaram o país, a maioria com destino aos países vizinhos, como Turquia, Líbano e Jordânia.

Porém, muitos usam essas rotas como passagem para tentar chegar à Europa e isso tem causado muitas discussões internacionais, já que alguns países se recusam a receberem imigrantes e outros determinaram uma certa quantidade de pessoas, como a própria França, que limitou o número de 27 mil refugiados no país, considerado pouco para líderes internacionais

Quando aparecem na mídia, muitos dos imigrantes afirmam que querem voltar para as suas casas e pedem para que ajudem a parar a guerra na Síria. E pelo visto é isso que está acontecendo.

No último domingo, 27, foi a vez da França atingir alvos do grupo jihadista em território sírio. Antes já haviam sido realizados ataques em território iraquiano.

Em nota, o governo francês afirmou que seis caças do país atacaram alvos identificados em missões realizadas anteriormente que tinham como objetivo o reconhecimento de ameaças à segurança nacional. O presidente francês, Françoes Hollande, ainda confirmou o compromisso da França em lutar contra a ameaça terrorista representado pelo Estado Islâmico e disse que o alvo identificado como ameaça à nação francesa era um campo de treinamento que seria usado para treinar novos militantes.

francois-hollande-wikimedia

O presidente francês, Françoes Hollande, disse que os ataques irão continuar se necessário.

 

O ataque também foi confirmado pela agência de notícias oficial síria, SANA. “A coligação internacional coordenada pelos Estados Unidos no combate contra o terrorismo lançou hoje ataques aéreos contra as bases do Estado Islâmico em Albu Kamal, na fronteira com o Iraque. Os aviões dos Aliados e dos Estados Unidos também lançaram ataques nos arredores de Alepo” divulgou a agência.

O que tem sido muito discutido é como o ataque francês pode ter um objetivo diplomático, pois seria muita coincidência que ele ocorresse apenas alguns dias antes da abertura da Assembléia da ONU. Neste encontro, possivelmente o presidente russo, Vladimir Putin, defenderá uma aliança internacional com o presidente sírio Bashar al-Assed para combater as forças do EI. E pelo visto, a França quer estar com crédito para opinar nas negociações que ocorrerão futuramente em torno da Síria.

Mesmo assim, o presidente francês informou em reunião coletiva no dia 7 de setembro que uma intervenção militar na Síria seria inconsequente e irrealista.

O protagonismo russo na luta contra o EI também chamou a atenção da Casa Branca. Em entrevista o presidente, Barack Obama, não descartou uma nova coalização incluindo Rússia, Irã e o governo de Assad. “Queremos uma plataforma comum para uma ação coletiva contra os terroristas”, afirmou o presidente.

Está começando o jogo de xadrez entre as grandes potências mundiais para saber quem comandará os ataques contra os terroristas do Estado Islâmico, e mais ainda, quem ficará na linha de frente das negociações caso os jihadistas forem derrotados.

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Redação

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