As forças internacionais estão cada vez mais se posicionando contra o avanço do grupo autodenominado Estado Islâmico (EI). A vasta ofensiva do grupo em território sírio tem aumentado o conflito que já existe naquela área deixando a segurança no local ainda mais alarmante. Devido aos intensos conflitos, cerca de 4 milhões de sírios já abandonaram o país, a maioria com destino aos países vizinhos, como Turquia, Líbano e Jordânia.
Porém, muitos usam essas rotas como passagem para tentar chegar à Europa e isso tem causado muitas discussões internacionais, já que alguns países se recusam a receberem imigrantes e outros determinaram uma certa quantidade de pessoas, como a própria França, que limitou o número de 27 mil refugiados no país, considerado pouco para líderes internacionais
Quando aparecem na mídia, muitos dos imigrantes afirmam que querem voltar para as suas casas e pedem para que ajudem a parar a guerra na Síria. E pelo visto é isso que está acontecendo.
No último domingo, 27, foi a vez da França atingir alvos do grupo jihadista em território sírio. Antes já haviam sido realizados ataques em território iraquiano.
Em nota, o governo francês afirmou que seis caças do país atacaram alvos identificados em missões realizadas anteriormente que tinham como objetivo o reconhecimento de ameaças à segurança nacional. O presidente francês, Françoes Hollande, ainda confirmou o compromisso da França em lutar contra a ameaça terrorista representado pelo Estado Islâmico e disse que o alvo identificado como ameaça à nação francesa era um campo de treinamento que seria usado para treinar novos militantes.
O ataque também foi confirmado pela agência de notícias oficial síria, SANA. “A coligação internacional coordenada pelos Estados Unidos no combate contra o terrorismo lançou hoje ataques aéreos contra as bases do Estado Islâmico em Albu Kamal, na fronteira com o Iraque. Os aviões dos Aliados e dos Estados Unidos também lançaram ataques nos arredores de Alepo” divulgou a agência.
O que tem sido muito discutido é como o ataque francês pode ter um objetivo diplomático, pois seria muita coincidência que ele ocorresse apenas alguns dias antes da abertura da Assembléia da ONU. Neste encontro, possivelmente o presidente russo, Vladimir Putin, defenderá uma aliança internacional com o presidente sírio Bashar al-Assed para combater as forças do EI. E pelo visto, a França quer estar com crédito para opinar nas negociações que ocorrerão futuramente em torno da Síria.
Mesmo assim, o presidente francês informou em reunião coletiva no dia 7 de setembro que uma intervenção militar na Síria seria inconsequente e irrealista.
O protagonismo russo na luta contra o EI também chamou a atenção da Casa Branca. Em entrevista o presidente, Barack Obama, não descartou uma nova coalização incluindo Rússia, Irã e o governo de Assad. “Queremos uma plataforma comum para uma ação coletiva contra os terroristas”, afirmou o presidente.
Está começando o jogo de xadrez entre as grandes potências mundiais para saber quem comandará os ataques contra os terroristas do Estado Islâmico, e mais ainda, quem ficará na linha de frente das negociações caso os jihadistas forem derrotados.