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De volta com força total, série Dragon Ball confirma seu sucesso e importância

Por Bárbara P. Villela e Tomio Komatsu

Dragon Ball 1

Arte do game Dragon Ball Xenoverse 2. Imagem: Divulgação

Até quem não gosta de animações (vulgo animes) ou da cultura japonesa em geral pelo menos já ouviu falar de Dragon Ball, anime que virou febre rapidamente nos anos 1990 no Brasil e no mundo. Apesar da série ter sido encerrada em 1995 no Japão, foram lançados diversos outros produtos e mídias com seu tema, como jogos de videogames, roupas, filmes, brinquedos e até materiais escolares, até os dias de hoje. Com seu mais novo projeto de animação para televisão aberta, Dragon Ball Super, que está no ar desde 2015, e do novo grande projeto de videogame previsto para 2018, Dragon Ball Fighterz, a série confirma não apenas seu retorno com força total: reforça também seu sucesso e sua importância, sobretudo no Brasil, que perduram desde que o primeiro episódio da série foi ao ar em lares ocidentais. Mas qual seria a razão de todo esse sucesso e relevância?

Do Japão para o mundo

Dragon Ball 2

Arte do filme Dragon Ball Z: O Retorno de Freeza. Imagem: Divulgação

Dragon Ball é um mangá criado pelo japonês Akira Toriyama em 1984. Com inspiração clara na literatura chinesa A Jornada para o Oeste, sua obra inicialmente não fez muito sucesso, obrigando o autor a fazer uma manobra drástica: transformar sua série sobre aventuras, piadas e com toques de erotismo em uma série de lutas, com guerreiros poderosos, poderes exagerados e um tanto mais sombrio, violento e sério. Com essa mudança, a série explodiu em popularidade, vendendo mais de 130 milhões de encadernados de mangá apenas no próprio Japão, segundo pesquisa da Universidade de Yale apontado pela revista Superinteressante. Depois do sucesso de Dragon Ball, Akira participou de outros projetos importantes, sendo um dos maiores a série de videogames Dragon Quest, da produtora japonesa Square-Enix, onde atua como designer dos personagens.

Segundo artigo de Melina Cezar Merêncio Galdino e Maria Pragana Dantas, da Universidade Federal de Paraíba para o Segundo Congresso Nacional de Literatura, o mangá de Dragon Ball vendeu mais de 200 milhões de cópias no ocidente, enquanto os animes em geral são hoje responsáveis por 90% da exportação televisiva do Japão, sendo assim, um produto de grande relevância para a economia japonesa.

Sucesso no ocidente

Dragon Ball 3

Anime Friends 2016. Imagem: Divulgação

Apesar da origem, o sucesso de Dragon Ball no mundo não se deve aos mangás, mas sim aos animes. Ainda segundo artigo de Galdino e Dantas, os mangás incialmente só serviam para os imigrantes japoneses, que os utilizavam como vínculo com seu país, relembrar as origens ou mesmo se atualizarem culturalmente. O prestígio mundial se deu quando as emissoras ocidentais começaram a adquirir direitos de transmissão de animes, entre o final dos anos 1980 e no começo dos anos 1990, sendo um dos primeiros, a série Dragon Ball. O site espanhol Xataka confirma esses dados na Europa, quando as primeiras transmissões de Dragon Ball começaram em 1989.

Animes como Dragon Ball, Pokémon e Os Cavaleiros do Zodíaco foram responsáveis não apenas pela popularidade de suas séries ou dos animes como um todo, mas também da disseminação massiva da cultura Japonesa pelo mundo, inclusive no Brasil. Somente após todo o boom dos animes e da cultura japonesa em geral é que suas fontes originais, os mangás, foram adaptados para o ocidente.

Uma das maiores provas do poder dos animes enquanto economia são os eventos que abordam o tema. A versão brasileira do Anime Friends, por exemplo, que teve seu primeiro evento organizado em 2003, é o maior evento da America Latina e conta com público médio de 120 mil pessoas por ano. Em sua última edição em julho de 2017, cada ingresso custava R$ 80 reais para cada um dos três dias de atrações, que variaram entre cosplayers amadores e profissionais a youtubers e artistas internacionais famosos do ramo.

Depois de 20 anos

Dragon Ball 4

Arte do anime Dragon Ball Super. Imagem: Divulgação

Dragon Ball Super, novo anime da série Dragon Ball lançado em 2015, mostra seu poder mesmo depois de 20 anos desde o último episódio de Dragon Ball GT, e os números só aumentam. No Japão, sua audiência ultrapassou animes de grande popularidade como One Piece. Na América Latina, a estréia do anime também foi um grande sucesso, mostrando que o público ocidental, sobretudo o brasileiro, ainda prestigia muito a série. Apenas na rede social Facebook, a comunidade brasileira de fãs de Dragon Ball ultrapassam 850 mil pessoas, número que ultrapassa em mais de 100% o da comunidade da série americana Stranger Things, atualmente a mais popular e comentada por consumidores de séries.

Em entrevista com membros do grupo de discussão  do Facebook Dragon Ball Super brasil, as opiniões são unificadas. “Assisto Dragon Ball desde meus 8 anos, não perderia a oportunidade de assistir agora, ainda mais com uma história nova e oficial.”, conta Pedro Pasquetto, 21. “Na luta do Goku contra Jiren eu não conseguia falar de outra coisa, ninguém do meu Facebook conseguia, parecia final de campeonato de futebol ou eleições”, comenta Fabiano Carvalho, 23. “Não gostei muito da qualidade da animação nem da história no começo, mas depois foram melhorando e agora não consigo parar de assistir. DB é tudo de bom”, afirma Clarice Fernandes, 20.

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Trailer de divulgação de Dragon Ball Fighterz. Fonte: Bandai Namco (Divulgação)

Já Dragon Ball Fighterz é o mais novo projeto de videogame da série produzido pela Arc System Works, produtora famosa por jogos de luta bastante técnicos. Desde sua primeira aparição na E3 de 2017, a maior feira de videogames do mundo, os fãs da franquia não esconderam a surpresa, a expectativa e a alegria. “É um sonho. Já tivemos muitos jogos de Dragon Ball, mas nunca nas mãos de alguma empresa realmente competente, como a Capcom ou a Arc System. Não vejo a hora!” diz Daniel Medenhos, 25. “Já gostava dos jogos de luta da Arc, agora que vão fazer um de Dragon Ball então…” ressalta Alejandro Carpacho, 19. Quanto ás expectativas comerciais, elas são altas. Os dois jogos anteriores da série, Dragon Ball Xenoverse e Dragon Ball Xenoverse 2, venderam, até então, mais de 8 milhões de cópias, segundo a própria detentora da franquia, a Bandai Namco.

Enquanto os corações dos fãs sentirem emoções

Dragon Ball 5

Arte de Dragon Ball  Fighters. Imagem: Divulgação

A série Dragon Ball movimenta hoje bilhões de dólares, emprega milhares de pessoas e emociona até hoje milhões de fãs de todo o mundo, mesmo depois de mais de 30 anos de existência. É uma série que se mostrou que é muito mais do que fator nostalgia, é uma série que carrega todo um histórico e que, enquanto fizer a alegria dos fãs, ela vai se prolongar por um bom tempo.

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Redação

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