A pré-temporada contará com 5 jogos em 4 países diferentes
Natália Dário
Há alguns anos a NBA, Liga Nacional de Basquete norte-americana, vem demonstrando seu interesse de se aproximar dos fãs do campeonato ao redor do mundo e também, conquistar mercados econômicos importantes. Dentro dessa intenção, em 2013 foram realizados pela primeira vez os Global Games, que são jogos da pré-temporada ocorridos em outros países, inclusive o Brasil. Apesar de partidas da NBA já terem sido realizadas em solos estrangeiros desde meados de 1980, foi apenas no ano passado que elas ganharam, além de maior destaque, o título de Global Games. “A NBA está em um processo de internacionalização que começou com a entrada do David Stern, ainda na década de 1980, no cargo de comissário geral. Ele massificou a entrada de estrangeiros na Liga, passou a realizar amistosos e, mais recentemente, jogos da temporada fora dos Estados Unidos”, explica o jornalista esportivo João Paulo Benini.
Em 2014 foi anunciada a segunda edição dos jogos internacionais, que contará com 5 cinco partidas envolvendo 7 times, sendo 5 da NBA, em 3 continentes diferentes. Alemanha, Turquia, China e Brasil serão os países anfitriões e os jogos ocorrerão em meados de outubro. O Brasil receberá no dia 11 na HSBC Arena no Rio de Janeiro o duelo entre Cleveland Cavaliers, do pivô brasileiro Anderson Varejão, e Miami Heat, o atual campeão da liga. “A HSBC Arena é o melhor ginásio que temos no Brasil e atende as exigências necessárias para um jogo ‘padrão NBA’. Com o know how de 2013, acredito que os organizadores farão ainda melhor esta vez”, aponta João Paulo.
No ano passado, o Brasil foi sede da partida entre Washington Wizards e Chicago Bulls. Para João Paulo essa campanha ajuda os amantes de basquete voltarem a frequentar ginásios e a consumir o esporte. “Foi legal [a experiência], porque eles não vieram só com os times, mas também com todo o show que é apresentado nos jogos lá: os mascotes, os acrobatas, as cheerleaders…”, conta o publicitário Alexandre Sueishi que desembolsou cerca de mil reais para se deslocar até o Rio de Janeiro e assistir a partida.
Para João Paulo, a iniciativa de levar o espetáculo da NBA ao redor do mundo é extremamente válida e efetiva. “Para se ter uma ideia, é mais comum os ‘basqueteiros’ saberem informações da NBA do que dos campeonatos jogados aqui [no Brasil]”, comenta. Já Alexandre ressalta que, por causa do alto custo, assistir a um jogo da Liga da Basquete Norte-americana no Brasil não é uma chance para todos e também comenta que a experiência tida no ano passado não anula sua vontade de assistir a uma partida do campeonato em ginásios como o Staples Center ou o Madison Square Garden nos Estados Unidos.