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São Paulo perde para o River e se despede da Libertadores

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Tricolor falha na decisão e vê sonho do tetra ser adiado mais uma vez

Por Carlos Eduardo Andrade Costa

Depois de 33 anos o São Paulo Futebol Clube está eliminado da Copa Libertadores ainda na fase de grupos. A derrota de ontem por 2×1 para o River Plate no estádio Avellaneda, na Argentina, acabou com qualquer chance matemática do clube brasileiro alcançar os líderes da chave e decretou o adeus da competição mais importante do continente com uma rodada de antecedência.

Recorde negativo 

A última vez que o time paulista caiu na primeira fase da Libertadores foi em 1987 quando amargou a lanterna do grupo que contava com o Guarani e os chilenos do Colo-Colo e do Cobreloa. Durante as últimas três décadas o São Paulo conquistou a competição três vezes, em 1992, 1993 e 2005, mas também acumulou uma decepção ainda maior no ano passado quando foi eliminado na Pré-Libertadores pelo modesto Talheres (ARG) em pleno Morumbi. 

90 minutos para matar ou morrer 

O jogo na Argentina contra o atual vice-campeão River Plate ganhou contornos dramáticos antes mesmo da bola rolar. A derrota na estreia para o Binacional, os pontos perdidos em casa contra o próprio River e a derrota para a LDU em Quito no último jogo fizeram da partida em Avellaneda uma espécie de decisão. A vitória manteria o clube vivo na briga pela vaga nas oitavas de final, um empate significava torcer por um milagre no próximo jogo e a derrota colocaria um ponto final na trajetória da Liberta de 2020. 

O jogo

Os comandados de Fernando Diniz foram envolvidos nos primeiros 30 minutos de jogo pelo time argentino e viram Julián Álvarez abrir a contagem logo aos 11 minutos após boa trama ofensiva. O goleiro Tiago Volpi ainda fez três boas defesas antes de Diego Costa, jovem zagueiro são-paulino, empatar o jogo com uma cabeçada certeira após cruzamento de Reinaldo e reacender a esperança tricolor de conquistar o triunfo. 

O balde de água fria, porém, chegou logo aos 37 minutos de jogo quando Álvarez fez o segundo dele e colocou o River novamente na frente do placar após perda de bola de Vitor Bueno no campo de ataque.

Na segunda etapa, o River começou melhor mais uma vez e chegou com perigo duas vezes. Depois disso o jogo ficou truncado e o clube paulista trocou passes sem profundidade na zona intermediária do campo. Foi apenas na parte final da partida, depois dos 35 minutos, que o Tricolor do Morumbi conseguiu ensaiar uma pressão sobre o rival. Após as entradas de Brenner e Tréllez, o São Paulo teve duas boas chances para ao menos empatar o jogo, mas o goleiro Armani e o zagueiro Montiel evitaram a reação do time brasileiro. 

O pressionado treinador Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva logo após o fim da partida e não escondeu a frustração por ver mais um objetivo do São Paulo escapar pelas mãos (ou pelos pés) dos jogadores:

“Precisamos nos solidarizar com o torcedor. Não tem que arrumar desculpa ou argumento. O São Paulo não é time para cair na primeira fase da Libertadores. Agora é trabalhar e focar no Campeonato Brasileiro que já tem jogo no final de semana. Precisamos olhar para frente”, disse o técnico. 

Ecos da eliminação    

A queda precoce gerou insatisfação no torcedor, que já marcou protesto para o próximo sábado (3/10) na frente do CT da Barra Funda, e fez aumentar a pressão nos bastidores do clube pela demissão do técnico Fernando Diniz e a saída do Diretor Executivo de Futebol Raí. 

O presidente Leco, no entanto, bancou a permanência da comissão técnica e do homem forte do futebol tricolor. Com a eleição presidencial marcada para dezembro, o mandatário são-paulino não quer promover mudanças drásticas no momento e tenta acalmar os ânimos nos bastidores do clube até que o novo presidente seja escolhido e possa dar os próximos passos. 

Histórico negativo pesa novamente 

Não bastasse a temporada irregular, com duas eliminações após a volta do futebol depois da parada pela pandemia, o São Paulo vê a crise gerada pela queda na Liberta ser potencializada pelos anos sem títulos desde a última conquista em 2012, quando foi campeão da Copa Sul-americana. 

Desde o título continental contra o Tigres no dia 12/12/12 o São Paulo acumula 22 eliminações consecutivas e também não consegue ganhar um torneio de pontos corridos desde 2008, quando venceu o Brasileirão.

Temporada longe do fim 

Apesar do baque da eliminação na competição mais importante do ano, a temporada ainda nem chegou à metade e o São Paulo terá chances para se recuperar. O Tricolor precisará juntar os cacos mais uma vez para tentar brigar pelo Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa Sul-americana. 

No Brasileirão o time ocupa a terceira colocação do campeonato e está 5 pontos atrás do líder Atlético Mineiro. O próximo jogo é contra o Coritiba no dia 4 de outubro. Já na Copa do Brasil o duelo pelas oitavas de final será contra o Fortaleza de Rogério Ceni. E para garantir a participação na Sul-americana é preciso empatar ou vencer o Binacional no derradeiro jogo da fase de grupos da libertadores. 

Futuro incerto 

A temporada do futebol no Brasil termina apenas em fevereiro e o São Paulo terá muitas decisões críticas para tomar até lá. A eleição para o conselho deliberativo ocorre em novembro e pode ditar os rumos da eleição presidencial de dezembro. O Tricolor terá que lidar com várias mudanças nos cargos diretivos enquanto luta para vencer nos campos. 

Outra incerteza é sobre a manutenção ou não do técnico Fernando Diniz. A troca de presidente pode acarretar também a mudança de filosofia da beira do campo e traz ainda mais dúvidas sobre como será o futuro do Tricolor Paulista. 

Redação

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