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Vamos para o Zoo?

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São 35 anos de história do zoológico que é destaque na cidade de Bauru e região.

Por Bibiana Garrido e Rodrigo Berni
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Foto: Impacto Ambiental

Inaugurado no dia 24 de agosto de 1980, o Parque Zoológico de Bauru está perto de completar quatro décadas de existência. A primeira turma de animais chegou ao local diretamente de Bastos, município a pouco mais de duas horas de Bauru, que acabava de fechar sua unidade de zoológico.

O Zoo de Bauru possui uma área de 20 alqueires, o que no estado de São Paulo quer dizer um valor diferente do que representa do resto do país. Explicamos: um alqueire é uma medida de terra equivalente em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás a 4,84 hectares, já em São Paulo, corresponde a 2,42 hectares, o tal “alqueire paulista”. Um hectare tem 10 mil metros quadrados, o que é mais ou menos o tamanho de um campo de futebol. Portanto, a extensão do Zoo de Bauru equivale, aproximadamente, a 50 campos de futebol.

Esse tamanho todo é possível porque o zoológico se encontra em uma área afastada da cidade, posição escolhida de maneira estratégica para possíveis ampliações, de acordo com sua administração. “O Zoo Municipal pôde se expandir através dos anos, chegando hoje a ser em qualidade um dos melhores do país”, aponta o site do estabelecimento. E não é para menos! O zoológico bauruense foi construído no intuito de estimular a educação ambiental, e tem papel importante na preservação de algumas espécies da fauna local como o veado-catingueiro, o lobo-guará e a cutia.

De acordo com a Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil são 124 desses estabelecimentos que estão espalhados pelo território nacional, o que gera um debate que vai além do entretenimento e do lazer turístico, mas do próprio enclausuramento e da qualidade de vida dos animais. Para os grupos de defesa e libertação animal, muitas vezes a visão da instituição zoológico representa um abuso de poder.

“Sei que alguns zoos cuidam dos animais que possuem com muito amor. Porém, acredito que não sirvam para ser expostos, por estresse e tudo mais”, comenta J.J., defensor animal que prefere não ser identificado. “Animal não tem que servir de objeto para gerar lucro”, afirma o ativista Lucas Fernandes, mas, em certos aspectos, a iniciativa pode ser válida. “Se for para reprodução e controle de extinção, sou a favor”, pontua. Algumas espécies amplamente conhecidas, como o mico-leão-dourado e a ararinha azul, só resistiram ao processo de extinção por conta da criação e reprodução em cativeiro.

A polêmica da causa animal acompanha os zoológicos de maneira quase que inevitável, já que as mesmas pessoas que desejam ver os bichos, muitas vezes também gostam de animais e se importam com o seu bem estar, o que abre espaço para as preocupações acerca de maus tratos. “Achei o zoológico muito interessante, é a primeira vez que eu venho”, conta Tainara, de Barra Bonita. “Mas eu não sei se é uma coisa boa manter os animais presos assim… porque eles têm o habitat deles, né?”, questiona a visitante de 19 anos.

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Tainara e família não se importaram com a chuva e vieram de Barra Bonita visitar o Zoo de Bauru (Foto: Rodrigo Berni).

No caso do Zoológico Municipal de Bauru, entretanto, parece ser unânime na cidade e na região a boa reputação da equipe veterinária e funcionários. A maioria dos visitantes é de fora da cidade, que aproveita para passar o dia com a família no zoológico em época de férias escolares. As crianças, principalmente, adoram o passeio. Ao andar pelos caminhos do Zoo, o que mais vemos são as pequenas e pequenos agitados e encantados com os bichos.

Da cidade de Ribeirão dos Índios, região de Presidente Prudente, Cléber, 39 anos, veio com a esposa e seus dois filhos passear no zoológico pela primeira vez. “Ontem viemos aqui e estava fechado”, comenta. Devido ao forte temporal nos dias 11 e 12 de janeiro o Zoo Municipal teve que ser fechado no dia 13 por conta de algumas árvores que caíram nas passagens destinadas aos visitantes. Para não perder a viagem, a família resolveu passar a noite em Bauru e fazer uma segunda tentativa de visita na manhã seguinte, que desta vez acabou dando certo. “Estamos passeando de férias e, no geral, achei o zoológico muito bom”, comenta Cléber.

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A tempestade do dia 12/01 derrubou três árvores no Zoo, o que impediu seu funcionamento no dia seguinte (Foto: Bibiana Garrido).

Luis Henrique, tratador do Zoo de Bauru, afirma que os animais são todos bem tratados e que a equipe está sempre buscando melhorias para o conforto de todos. “Aqui a gente procura cuidar bem dos animais e receber com qualidade a população que vem nos visitar”. Para ele, um dos papéis principais do Zoo é a preservação das espécies. “Os animais conseguem viver mais no zoológico e ficar longe da extinção. No futuro, as próximas gerações vão ter a chance de conhecer eles e saber da importância da educação ambiental”.

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Luis Henrique, 46 anos, tratador do Zoo de Bauru (Foto: Rodrigo Berni).

O Zoológico Municipal de Bauru passará por ampliações nesse ano de 2016, o que inclui um novo restaurante com capacidade para mais de 100 pessoas. Novos espaços de abrigo para os animais também estão sendo construídos. Além do trabalho de cuidado com os animais e preservação das espécies, o zoológico oferece cursos de férias sobre o meio ambiente e visitas monitoradas. O Clubinho do Zoo é uma atividade de sucesso entre as crianças, que se reúnem quinzenalmente para aprender sobre os bichos e a natureza. Para os adultos, o projeto Zoo Melhor Idade promete uma ampla experiência ecológica, que explora até os hábitos noturnos dos animais do estabelecimento.

Aberto de segunda à domingo, o zoológico funciona das 8h às 16h durante os dias de semana, e das 8h às 17h nos fins de semana. O ingresso no valor de R$ 4,00 é obrigatório para crianças a partir de 5 anos – idosos a partir de 60 anos pagam R$ 2,00. Para mais informações o telefone do Zoo é (14) 3203-5229, localizado no endereço Rod. Com. João Barros, Km 232 +500, Vargem Limpa, Bauru/SP.

Redação

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