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Governo Federal divulga lista de setores mais prejudicados pela pandemia

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Lista apresenta as 34 atividades econômicas mais prejudicadas, dentre elas as atividades artísticas, criativas e de espetáculos e serviços de alojamento e alimentação, entre outros

Por Aline Bonholi Barbosa

Pandemia da covid-19 teve grandes impactos em diversos setores da economia

Na primeira quinzena do mês, o Governo Federal publicou uma portaria no Diário Oficial da União que lista as 34 atividades econômicas mais prejudicadas no país, desde o início da pandemia da Covid-19. AEsta lista, elaborada pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem como finalidade priorizar e orientar as instituições financeiras oficiais de fomento, inclusive regionais, na concessão de crédito e o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC).

Segundo o BNDES, o PEAC tem vigência até 31 de dezembro de 2020 e “se insere no pacote de medidas emergenciais promovidas em conjunto com o Ministério da Economia para combater os impactos econômicos causados pela pandemia do coronavírus. O principal objetivo do Programa é apoiar as pequenas e médias empresas, associações, fundações de direito privado e cooperativas, excetuadas as cooperativas de crédito, na obtenção de financiamentos ou empréstimos, através da oferta de uma garantia de 80% à instituição financeira concedente do crédito”.

Até o dia 24 de setembro, o valor total de financiamentos contratados com a garantia do PEAC foi de 53,7 bilhões de reais, os quais correspondem a 81.036 operações contratadas e 70.859 empresas apoiadas, conforme última atualização divulgada pelo BNDES.

  Veja, a seguir, quais foram os setores mais prejudicados pela pandemia, de acordo com a lista divulgada pelo Governo Federal e alguns dados sobre a situação atual dos 3 primeiros setores mais afetados.

1. Atividades artísticas, criativas e de espetáculos

De acordo com a “Pesquisa de Conjuntura do Setor de Economia Criativa – Efeitos da Crise da Covid-19”, elaborada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SEC), em parceria com o Sebrae e a FGV (Fundação Getúlio Vargas), dentre os 546 empresários do setor, 88,6% afirmaram ter registrado queda de faturamento; 63,4% contaram que não é possível realizar atividades enquanto perdurarem as medidas que vetam o contato físico; 50% tiveram projetos suspensos e 42%, cancelados.

Com relação à captação de recursos e a situação financeira, 38% informaram ter perdido patrocínios obtidos antes do início da crise e 40,8% indicaram que possuem dívidas e/ou empréstimos em aberto. Já em relação a busca por crédito, a qual também foi mapeada, 35,1% responderam que já buscaram empréstimos, mas apenas 4,6% conseguiram.

Ainda segundo a pesquisa, os empresários entrevistados indicam e avaliam como meios de auxiliar o segmento criativo, as seguintes ações:

1) Abertura de editais para o setor cultural e criativo com recursos do Fundo Nacional de Cultura e da participação da Cultura nas loterias federais;

2) ampliação do fomento à cultura por parte das empresas estatais;

3) Renegociação dos prazos de pagamentos de empréstimos e créditos concedidos. 

No entanto, a pesquisa estima que, neste ano, o PIB do setor criativo será de 129,9 bilhões de reais e terá uma redução de 31,8% em relação a 2019. Para o próximo ano a previsão é de um fechamento em 181,9 bilhões. No biênio 2020-2021 o setor de Economia Criativa registraráa, de acordo com a pesquisa, uma perda de 69,2 bilhões de reais.

2. Transporte aéreo

De acordo com a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), os dados de mercado do setor têm registrado queda desde março de 2020, quando foi decretada a pandemia mundial.

No entanto, após três meses de queda (março, abril e maio), os indicadores de mercado do setor de transporte aéreo começaram a subir em junho e mantiveram o ritmo de recuperação até o momento, embora, ainda apresentem uma queda considerável se comparados aos números do mesmo período em 2019.

Veja, a seguir, os dados do setor de transporte aéreo registrados no período de março de 2020 até agosto de 2020 – mês referente ao último relatório divulgado pela ANAC.

Dados do transporte aéreo – março de 2020. Fonte: ANAC. Data de divulgação: 22 de abril de 2020.
Dados do transporte aéreo – abril de 2020. Fonte: ANAC. Data de divulgação: 15 de maio de 2020
Dados do transporte aéreo – maio de 2020. Fonte: ANAC. Data de divulgação: 16 de junho de 2020
Dados do transporte aéreo – junho de 2020. Fonte: ANAC. Data de divulgação: 20 de julho de 2020
Dados do transporte aéreo – julho de 2020. Fonte: ANAC. Data de divulgação: 14 de agosto de 2020
Dados do transporte aéreo – agosto de 2020. Fonte: ANAC. Data de divulgação: 18 de setembro de 2020

3. Transporte ferroviário e metroviário de passageiros

De acordo com nota divulgada pela ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos), entidade que representa os operadores brasileiros de metrô, trem urbano e VLT, o setor de transporte ferroviário e metroviário de passageiros registrou, neste primeiro semestre de 2020, um déficit de -R$ 5,6 bilhões, somente referente a receita tarifária. No pico da crise o setor deixou de movimentar cerca de -85% dos passageiros e, hoje, está transportando aproximadamente 50% do volume de passageiros verificado antes da pandemia.

“Com base nesses seis meses de pandemia, foi possível verificar que a recuperação do setor de transporte público está sendo bastante lenta e gradual, indicando que, além do socorro emergencial, há que se discutir uma nova forma de financiamento e organização de toda a mobilidade”, informa a ANPTrilhos em nota.

Na cidade de São Paulo, segundo dados divulgados no jornal SP2 da Globo, em 21 de setembro deste ano, o setor de transporte ferroviário e metroviário (CPTM e Metrô) transportaram em março 136,7 milhões de passageiros. Já no mês seguinte, houve uma queda considerável, passando para 46 milhões. No entanto, os números foram aumentando mês a mês, passando para 50,5 milhões em maio, 56,3 milhões em junho, 84,1 milhões em julho e 90 milhões em agosto, representando 43% do total de passageiros transportados neste mesmo mês em 2019 (208,4 milhões). Esses dados são decorrentes da flexibilização da quarentena na cidade de São Paulo.

Confira, abaixo, os demais setores afetados pela pandemia da Covid-19:

4. Transporte interestadual e intermunicipal de passageiros

5. Transporte público urbano

6. Serviços de alojamento

7. Serviços de alimentação

8. Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias

9. Fabricação de calçados e de artefatos de couro

10.   Comércio de veículos, peças e motocicletas

11.   Tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados

12.   Edição e edição integrada à impressão

13.   Combustíveis e lubrificantes

14.   Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores

Redação

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