A Ciência, antes dominada pelos homens, hoje recebe cada vez mais integrantes mulheres que não aceitam o sexismo presente na área e lutam para garantir respeito por seus trabalhos e atuação
Por Bianca Arantes e Flávia Nosralla
Marie Currie, Maria Goeppert Mayer, Ada E. Yonath, Dorothy Crowfoot Hodgkin, Irène Joliot-Curie, Youyou Tu, May-Britt Moser, Elizabeth H. Blackburn, Carol W. Greider, Françoise Barré-Sinoussi, Linda B. Buck, Christiane Nüsslein-Volhard, Gertrude B. Elion, Rita Levi-Montalcini, Barbara McClintock, Rosalyn Yalow, Gerty Theresa Cori, Elinor Ostrom. É provável que a maioria destes nomes não remeta a nenhuma lembrança para quem os lê aqui, mas estas são algumas mulheres que já conquistaram o prêmio Nobel.
Desde sua criação, em 1901, o prêmio Nobel, considerado um dos mais importantes prêmios no mundo em diversas áreas da ciência, concedeu premiações a 903 indivíduos e 23 organizações. Entre essas condecorações, apenas 55 tiveram mulheres como ganhadoras, contra 848 vezes em que homens foram os premiados. A maior parte dessas condecorações femininas, no entanto, foram para as categorias de Nobel da Paz e da Literatura; apenas 34 mulheres ganharam prêmios nas áreas científicas (Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Economia) nos quase 115 anos da criação do prêmio.
Até 2014, nenhuma mulher havia ganhado a Medalha Fields, o maior prêmio da Matemática, correspondente a um prêmio Nobel. A primeira condecorada foi a iraniana Maryam Mirzakhani, professora da Universidade de Standford (EUA).
Existe uma desvalorização da mulher na sociedade como um todo. Apesar de que se esperaria que, nas ciências, o preconceito em relação às mulheres fosse menor, a Universidade ainda parece funcionar de modo deslocado da realidade, refletindo a ideia da “Torre de Marfim”, uma metáfora utilizada para o distanciamento do mundo acadêmico perante a vida real. A ciência ainda é vista como algo produzido apenas por homens, brancos, cisgêneros, héteros e que morem em países considerados “de primeiro mundo”.
A atuação das mulheres na área científica é pouco valorizada em relação aos homens. Em janeiro deste ano, duas cientistas, as geneticistas Fiona Ingleby e Megan Head, tiveram um artigo que enviaram para a revista científica PLOS ONE negado, o que poderia acontecer com qualquer cientista. Entretanto, o que provocou desconforto na dupla foi o feedback de um dos responsáveis por avaliar o artigo delas. O revisor anônimo, um outro cientista, sugeriu que elas acrescentassem um colega masculino para o trabalho ganhar mais credibilidade. O fato causou revolta na internet.
Em 2005, foi a vez do então reitor da universidade americana de Harvard chocar o mundo acadêmico ao argumentar, durante uma conferência privada do Bureau Nacional de Pesquisa Econômica americano (National Bureau of Economic Research) que os homens superam as mulheres em áreas da matemática e das ciências por causa de uma diferença biológica inata entre os sexos, e que a discriminação não é mais uma barreira para mulheres que quiserem seguir a carreira acadêmica.
No Brasil, esse preconceito parece se repetir. Das 24 cadeiras titulares da Academia Brasileira de Ciência, anunciadas em dezembro de 2015, somente quatro são ocupadas por mulheres, o que representa menos de 17%.
Ao longo dos séculos, pesquisadoras e cientistas mulheres tiveram que trabalhar como professoras “voluntárias”, viram o crédito de suas descobertas serem dados a colegas homens e foram deixadas de fora de livros didáticos e, consequentemente, de bibliografias. Sem o mesmo acesso aos melhores centros de pesquisa do que seus colegas masculinos, sem contar com o apoio das universidades ao longo da maternidade e tendo que lidar com diferentes tipos de assédio ao longo de suas carreiras, as mulheres cientistas estão menos propensas a seguir carreira na sua área de estudo.
O de cima sobe e o de baixo desce
No artigo The Matilda Effect in science: Awards and prizes in the US, 1990s and 2000, publicado por Anne E. Lincoln, Stephanie Pincus, Janet Bandows Koster e Phoebe S. Leboy na revista científica Social Studies of Science [Estudos Sociais da Ciência], em 2012, as autoras exploram como os viéses de gênero podem influenciar na escolha dos ganhadores de prêmios científicos. “Prêmios e bolsas, que são críticos para definir a trajetória de carreiras científicas, têm um papel nesta estratificação [das Ciências] quando eles reforçam o status de cientistas que já possuem grandes reputações: o ‘efeito Matheus’”, explicam.
Segundo as autoras, além de poderem ser prejudicadas pelo “efeito Matheus”, que explica a tendência da Universidade de continuar a dar destaque para trabalhos de pesquisadores com carreiras acadêmicas já bem conceituadas e estabilizadas, as mulheres também sofreriam do “efeito Matilda”. Essa teoria, primeiramente apresentada pela professora de História da Ciência Margaret W. Rossiter em 1993, propõe que as mulheres e suas contribuições científicas são ou atribuídas a homens ou ignoradas completamente.
“O ‘Efeito Matilda’ é talvez mais claramente ilustrado na experiência de Ben Barres (2006), que documentou a diferente recepção de seu trabalho como uma neurobiologista antes de sua cirurgia de redesignação de sexo em 1997, com 42 anos. Além de se tornar a par de conversas que denigrem as habilidades de mulheres cientistas no geral, como um homem ele relatou ter sido informado sobre a percepção de que a pesquisa feita por sua “irmã” Barbara – seu nome antes da cirurgia – era mais fraca do que o trabalho feito por Ben”, relatam as autoras.
A diferença entre a quantidade de premiações também acontece no Brasil. A bacharel em Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Dayse Iara dos Santos atua como Livre Docente na Faculdade de Ciências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Coordenadora do Laboratório de Materiais Supercondutores e Nanoestruturados, e afirma: “não tenho dúvida que tenho que trabalhar muito mais que a maioria dos homens para conseguir ser respeitada no meio em que trabalho – mesmo que, além da profissão, eu ainda tenha a responsabilidade de cuidar da casa e dos filhos”.
A pesquisadora realizou uma comparação entre os dados existentes na Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq). “O CNPq mostra que existiam, em 31 de janeiro de 2015, 59.976 doutores do sexo feminino e 64.033 doutores do sexo masculino em todas as áreas da Pesquisa e do Ensino cadastrados na Plataforma Lattes, o que corresponderia a, aproximadamente, 47 a 53%, respectivamente, dos pesquisadores e professores do Ensino Superior no Brasi”.
Apesar da quantidade de homens e mulheres ser equilibrada, os dados sobre a produtividade entre os gêneros difere bastante. “Por outro lado, no programa de Bolsas de Produtividade em Pesquisa, a estatística do ano de 2012 esclarece que somente 24 a 38% das pesquisadoras possuem tal bolsa, enquanto que, para os pesquisadores, esta faixa é de 64 a 76%”, comenta Dayse.
“A questão seria: por que razão a proporção destas bolsas concedidas às mulheres que trabalham na ciência e na tecnologia não atinge aquela próxima da observada com relação ao número de doutores mulheres?” questiona Dayse. Para ela, “existe um claro desequilíbrio na valorização do trabalho da mulher com relação ao do homem. Não acho que a mulher seja menos capaz de realizar pesquisa que o homem. Mas, talvez, os ‘critérios normativos’ não sejam favoráveis às pesquisadoras brasileiras”.
Ao longo do curso de Comunicação Social – Jornalismo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), os alunos se depararam com uma bibliografia que não valoriza o trabalho das pesquisadoras da área, o que pode comprovar a influência do “Efeito Matilda”.
Na disciplina de Cultura Brasileira, por exemplo, das 36 obras sugeridas como bibliografia, apenas cinco tiveram mulheres como autoras – dentro destas, duas obras eram produzidas por um homem como autor principal e uma mulher como co-autora e três obras eram produzidas por uma mulher. Ou seja, apenas cerca de 14% das obras tiveram a participação oficial de mulheres na sua elaboração.
Além de terem que lidar com espécie de apagamento, as mulheres cientistas ainda enfrentam diversas situações de assédio sexual e até mesmo estupro. Foi o que comprovou a pesquisa feita pela antropóloga americana Kathryn Clancy, professora da Universidade do Illinois. Em 2014, juntamente com outros pesquisadores, ela publicou um artigo que indicava que cerca de 70% das mulheres cientistas entrevistadas tinham sofrido assédio durante pesquisas de campo.
A antropóloga explica que a ideia por trás da pesquisa surgiu a partir dos relatos de colegas que haviam passado por essas situações. “Colegas me contaram algumas experiências terríveis em pesquisas de campo, que eu então encorajei a escrever suas histórias sob pseudônimo. Eu postei as histórias no meu blog na Scientific American”, conta ela.
Em 1997, Christine Wennerås e Agnes Wold publicaram uma pesquisa que revelou que, naquele momento na Suécia, em seleções para candidatos a pós-doutorado, as mulheres precisam ter 2,5 vezes mais publicações do que um homem, mesmo que ambos tivessem qualificações de mesmo valor.
De acordo com uma pesquisa publicada em setembro de 2015 no Journal of the American Medical Association [Revista da Associação Americana de Médicos], por Sabrina Selk, Robert Sege e Linley Nykiel-Bub, cientistas homens recebem duas vezes mais apoio financeiro para alavancar suas carreiras do que as mulheres, uma desigualdade que pode limitar as oportunidades profissionais para mulheres cientistas ao longo de suas vidas.
No Brasil, a situação das pesquisadoras é agravada pela falta de recursos e de apoio institucional e financeiro para as ciências. Em agosto de 2015, a neurocientista da UFRJ Suzana Herculano-Houzel, considerada uma das principais pesquisadoras de sua área no mundo, teve que criar uma campanha de crowdfunding para manter seu laboratório em funcionamento, já que as verbas haviam sido cortadas.
Em 2015, a mídia nacional reportou a crise financeira que afetou as universidades públicas, que viram suas verbas cortadas, o que gerou a necessidade, na visão das reitorias, do corte de bolsas, extinção de projetos de extensão e de pesquisa. Além disso, os projetos que continuaram a funcionar se viram afetados por um ambiente insalubre, gerado pela falta de recursos básicos, tais como limpeza, internet e equipamentos de laboratório atualizados.
Babalu foi à escola aprender o beabá
Pergunte para qualquer um o nome de duas cientistas mulheres famosas ou importantes. A maior parte das pessoas só conseguirá lembrar de um nome, o da cientista Marie Curie, famosa por seu trabalho nos campos da química e da física, pois aprenderam sobre ela em suas aulas de ciência na escola.
Não é só nas universidades e no mundo acadêmico que o viés de gênero e o preconceito em relação às mulheres estão presentes. A música infantil que dá nome a este intertítulo, e que fez sucesso entre as crianças nos anos 90, reproduz esse machismo em relação a uma figura feminina de autoridade, que também está relacionada às atividades acadêmicas: a professora. A letra cantada diversas vezes em brincadeiras e nos intervalos das escolas, apesar de suas variações, começa: “Babalu. Babalu foi à escola aprender o beabá. A danada da professora ensinou a namorar”.
De acordo com a antropóloga americana Emily Martin o problema pode estar até mesmo nos termos usados nas disciplinas de biologia, por exemplo. Em seu artigo “The Egg and the Sperm: How Science Has Constructed a Romance Based on Stereotypical Male Female Roles” [O óvulo e o esperma: como a Ciência construiu um romance baseado nos papéis estereotipados do Masculino e do Feminino], publicado em 1991, Martin argumenta que a cultura pode influenciar o modo como os biólogos descrevem o mundo natural e que, ao descrever o processo reprodutivo a partir dos estereótipos de cada gênero, estes estariam implicando não apenas que os processos femininos seriam menos dignos que os masculinos, mas que as próprias mulheres seriam menos dignas que os homens.
A aluna do 2º ano de Física Samantha Ferreira, da Faculdade de Ciências (Unesp) em Bauru, comenta que o curso de Física “é composto por uma porcentagem maior de homens, assim como os outros cursos de exatas. No entanto, as mulheres que constituem essa pequena parcela têm a tendência de permanecer na graduação”. Essa maioria se repete entre quem ensina os alunos “há uma desproporção em relação às professoras: geralmente são minoria”. A baixa frequência feminina nas ciências duras é resultado do pouco incentivo que meninas recebem para ingressar na área.
Para a pesquisadora Dayse Iara dos Santos, as mulheres são pouco estimuladas a atuarem na ciência “simplesmente porque as pessoas (ambos os gêneros) não acreditam que existe discriminação de gênero. Enxergar que isto acontece a todo momento e com a maioria das mulheres seria o primeiro passo para o início da tomada das providências que corrigiriam os critérios de avaliação do trabalho de cada um dos gêneros. Na verdade, a mulher é penalizada por seu gênero em todas as atividades, e a área científica é apenas uma delas”.
Além das dificuldades durante a realização do trabalho, a divulgação de descobertas científicas feitas por mulheres sempre leva em consideração aspectos físicos e emocionais das pesquisadoras, o que não acontece com a atuação masculina na área. É comum, ao se noticiar um grande feito científico feminino, relatar e valorizar atributos físicos, aparência e os homens que estavam ao redor da pesquisadora do que a inteligência dela. Pode-se perceber essa escolha de informações em novembro deste ano quando, ao celebrar o aniversário de Hedy Lamar, muitos veículos da imprensa mundial trataram de destacar o papel dela como atriz, considerada, na época, como “a mulher mais bonita do mundo”, assim como o fato de o marido dela ser produtor de armas e ter amigos engenheiros, em detrimento do fato de ela ser a criadora da tecnologia usada na telefonia móvel e no sistema de conexão Wi-Fi.
A jornalista da editoria de Ciência do jornal Folha de S. Paulo, Sabine Righetti, comenta que “o fenômeno de incluir informações sentimentais em entrevistas com mulheres é comum em todas as áreas do jornalismo”, mas “no caso da ciência, a situação é pior porque a área é dominada pelos homens, então é ainda mais raro encontrar mulheres cientistas em posição de liderança, especialmente em áreas de ciências duras”. Para ela, é preciso que os jornalistas e as empresas de comunicação reflitam “sobre que tipo de informação está sendo destacada” ou se atentar para a quantidade de entrevistados mulheres ou homens existem em cada reportagem – atividade que Sabine diz sempre se preocupar em realizar.
Joga na tela
Apesar das dificuldades, a presença feminina na Ciência existe e tende a crescer, dados os grandes feitos e contribuições das mulheres para a área. De Marie Curie, a única pessoa a ter ganhado o prêmio Nobel em duas áreas diferentes (química e física), a Mayana Zatz, coordenadora do Centro de Pesquisas sobre o Genoma Humano e células-tronco e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Células-Tronco em Doenças Genéticas (INCT) da Universidade de São Paulo (USP), as mulheres têm alcançado grandes feitos nas ciências ao longo dos séculos.
Como forma de vencer as dificuldades ocasionadas pelo diferente tratamento entre os gêneros e incentivar o trabalho feminino, prêmios como o L’Oreal-UNESCO For Women Science têm sido criados. Esta condecoração premia mulheres cientistas de diferentes regiões do mundo (África e Países Árabes, Ásia-Pacífico, América Latina e América do Norte) com uma bolsa-auxílio de 100 mil dólares. Além de ter um Programa Nacional de incentivo à Ciência, no ano passado a organização criou o International Rising Talents que objetiva conectar melhor os programas regionais e o plano internacional – são selecionadas quinze cientistas jovens com futuro promissor para receberem uma bolsa de 15 mil euros, de forma a se tornarem pesquisadoras internacionalmente reconhecidas. Além disso, projetos independentes têm buscado levar para as salas de aula informações sobre importantes mulheres cientistas, como é o caso do jogo de cartas “Top Female Scientists” criado por dois estudantes de phD da Universidade de Exeter, na Inglaterra, para ser entregue para as escolas e professores do país.
Não apenas o estímulo à participação na Ciência, mas a denúncia das situações de desigualdade deve ser realizada. O anonimato costuma ser uma opção utilizada para pesquisadores que desejam denunciar essas situações, mas sentem receio do que essa atitude poderá gerar. Foi o que aconteceu com uma de nossas entrevistadas. Apesar de ser uma professora universitária e ter uma boa reputação no mundo acadêmico, a pesquisadora, que pediu para não ter sua identidade revelada, admitiu perceber a diferença entre a maneira que era tratada e que seus colegas homens eram tratados, mas disse que “Eu poderia [contar sobre uma situação em que percebeu essa diferença], mas, profissionalmente, não seria uma boa ideia responder a perguntas como esta”.
Algumas cientistas se arriscam para além do anonimato e escancaram o machismo na tela digital de quem quiser ver. Este ano, um grupo de cientistas russas foi questionado com perguntas sexistas sobre como uma tripulação exclusivamente feminina iria interagir no espaço, como elas ficariam oito dias sem maquiagem e longe de homens, entre outras futilidades. O caso repercutiu na internet. Este meio tem possibilitado que o machismo perante os trabalhos femininos seja denunciado e que as respostas até mesmo viralizem.
Foi por meio das redes sociais que cientistas do mundo todo responderam, de modo irônico, o comentário feito pelo Nobel de Medicina Tim Hunt sobre a presença feminina em laboratórios. O pesquisador falou que mulheres eram um “fator de distração” para o trabalho, dizendo, entre outras coisas, que elas choram ao serem criticadas. A resposta foi a criação da hashtag #DistractinglySexy, distraidamente sexy, pela qual diversas imagens de mulheres no ambiente de trabalho foram compartilhadas. Após o caso, o cientista renunciou ao cargo de professor honorário na University College London (UCL), mas não retirou o que disse – pelo contrário, reafirmou o comentário fez meses antes, falando que já havia se apaixonado por colegas de trabalho e que isso prejudicava a pesquisa, segundo o BBC Brasil.
Essas atitudes são importantes para evitar que novos casos aconteçam e para encorajar mulheres que passam por essas situações. A pesquisadora Dayse Iara dos Santos reitera que “as mulheres que percebem que são prejudicadas e se preocupam com esta discriminação precisam realmente denunciar e se manifestar com intensidade e persistência”. Para ela, “o problema é conseguir fazê-lo de uma forma eficiente, além de realizar todas as outras tarefas que a mulher se dedica em geral”. A ideia é compartilhada por quem ingressou na área científica há pouco tempo, como a aluna Samanta Ferreira “Não pode haver distinção entre homens ou mulheres, mas sim a união deles para um bem maior. Esse pensamentos [sexistas] são retrógrados. É lamentável vivermos no século XXI e ideias assim serem tão evidentes na cena cientifica”.