O problema com a bebida não afeta somente o alcoólatra, afeta também família e amigos
Por Wanessa Medeiros
Embora o álcool seja uma bebida permitida para sociedade, ele apresenta perigos tanto para quem o consome quanto para as pessoas que estão próximas, como os acidentes de trânsito, a violência doméstica e outros problemas causados devido às alterações físicas e psicológicas causadas pelo excesso de bebida alcóolica.
O alcoolismo é uma doença como qualquer outra e precisa de tratamento especializado, pois não tem haver com o tipo de bebida, a quantidade ou a frequência que a pessoa bebe, mas sim com a necessidade incontrolável que esta possui pelo álcool. Ou seja, sob o efeito da compulsão pela bebida, uma necessidade que pode ser equiparada pela necessidade de comer. Dessa forma, é imprescindível que essa pessoa procure e tenha ajuda de seus familiares, amigos e profissionais especializados.
Em nossa sociedade existe o mito de que um problema com álcool é sinal de fraqueza. Como resultado disso, as pessoas que têm essa doença podem até achar que procurar ajuda é admitir algum tipo de deficiência, o qual deveria se envergonhar. Contudo, o alcoolismo não é uma doença que indique um grau maior fraqueza, é um distúrbio de ordem psicológica que deve ser tratado como qualquer outro problema. De acordo, com a psicóloga Lemi Cassiano, a pessoa alcóolatra “tem dificuldade de lidar com a realidade da própria vida, e encontra na bebida uma fuga dessa realidade e uma maneira de chamar atenção das pessoas para seus problemas que não conseguem ser resolvidos”.
Diante disso, o dependente do álcool, além de prejudicar a sua própria vida, afeta também sua família e amigos. “É doloroso ver a pessoa se destruindo e não poder ajudar, ela tem que querer seu próprio bem. Lidar com um alcoólatra quando está em crise é muito difícil e requer preparo, devido ao comportamento agressivo que a pessoa apresenta em muitas situações” conta Lenise Wanderley que tem um alcoólatra na família. Dessa forma, o abalo psicológico não fica só por conta do doente, mas também das pessoas que estão ao seu redor.
O envolvimento da família nesse caso é fundamental para o tratamento do paciente; é necessário que busquem orientação de especialistas e que a pessoa doente se submeta a tratamentos de ordem fisiológica e psicológica, ou seja, que seja realizado “além do tratamento de reabilitação e desintoxicação do paciente, uma terapia para que essa pessoa possa aprenda lidar com suas dificuldades internas e questões emocionais e não procure na bebida, um refúgio”, esclarece a psicóloga Lemi.
Vergonha, crítica e indiferença da família agravam ainda mais o quadro da doença, é necessário que se mostre apoio e solidariedade para a pessoa que enfrenta o problema do alcoolismo, pois esta precisa de motivação para querer superar seu problema com a bebida.
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