45 anos no palco, mais de 12.000 apresentações e Guiness World Record tornam o ator e diretor, Benedito de Souza, uma lenda.
Por Julián Vivas
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A cortina se abre. No palco, um grande homem no mundo do teatro se prepara para entrar em cena. Só precisa de um sistema de som pequeno e iluminação, e ele incorporou mais de dezesseis personagens para chocar o público.
Por mais de cem minutos, com a ajuda dos versos de Castro Alves, o ator e diretor, Benedito de Souza, Vado, leva o público a uma incrível viagem através da história dos escravos no Brasil; uma odisséia cheia de heróis, lugares, emoções, barbaridades e outros fatos que ajudam a retratar os horrores da época da escravidão no país.
Esta adaptação teatral do poema “O Navio negreiro” virou 45 anos no palco, sem interrupção. Mais de 12.000 apresentações por todo o Brasil, em diferentes capitais das Américas, e em vários países da Europa e da África, ganhou o “World Record Guiness” pela produção mais longa de uma obra no palco, a nível mundial.
Em uma entrevista depois de sua apresentação com casa cheia na cidade Bauru, este nativo de Mogi Guaçu, São Paulo, falou sobre sua carreira no palco, e a importância de resgatar a cultura no tempo atual.
Por que você acha que é relevante “O Navio Negreiro” para a cultura brasileira?
Eu acho que a importância é que o Navio Negreiro convida a integração entre os povos, dá uma mensagem de amor, tolerância e, principalmente, ensina a história do meu povo, mensagem importante, especialmente agora que o Brasil ta passando por tempos difíceis. O Navio mostra a dor sofrida pelos escravos, e trazê-lo para o presente. É por isso que é necessário conhecer, porque e está cheio dessa história que precisamos e sem o qual não poderia viver.