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Os entraves que atormentam o futebol feminino no Brasil

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Por Geovana Caroline Alves

Renata Luftti/saopaulofc.ne

A sonora goleada aplicada pela equipe do São Paulo sobre o Taboão da Serra somada ao desabafo da capitã do time da cidade metropolitana deixa explícito não só a diferença técnica entre os times, como também o descaso com que é tratado o futebol feminino no país. 

São jogadoras que não possuem uniformes de treino para suas preparações, que são contratadas e reunidas às pressas, na tentativa de fazer disso algo de positivo em determinado campeonato, e nem sequer recebem salário para isso. A somatória disso é reflexo da desvalorização e da cultura predominantemente machista que habita o esporte bretão no mundo todo. Mas aqui, nas terras tupiniquins, onde nos orgulhamos da alcunha de “país do futebol”, a evolução é ainda mais lenta. 

O avanço do futebol feminino, no país, não é pautado no progresso e no espaço que as mulheres devem ter no esporte, mas sim na decisão tomada em conjunto pela CBF, Conmebol e FIFA, em 2017, a qual definiu que as equipes masculinas não poderiam mais participar da Libertadores, a partir de sua edição de 2019, se não tivessem uma equipe feminina, uma categoria de base feminina e também oferecessem condições a elas. 

A equipe do São Paulo, que já contou com jogadoras históricas da seleção brasileira, como a atacante Cristiane, foi formada às pressas no hiato entre o fim do Campeonato Brasileiro de 2018, onde a equipe masculina se classificou para a competição internacional, e o início da mesma em 2019. Ou seja, as diferenças entre as duas equipes ficam apenas no saldo de gols, pois o descaso é o mesmo. 

O futebol feminino ainda é pouco televisionado, recebe menos investimento de patrocinadores e o público ainda cobra qualidade técnica, física e tática semelhantes à modalidade masculina, sem entender que eles recebem investimentos, patrocínios e prestígio há mais de 70 anos, enquanto a modalidade feminina foi proibida de ser praticada até 1979 e, mesmo em 2017, apenas sete dos 20 times da elite do futebol brasileiro possuíam equipes femininas. 

Por isso não há como se ter equidade de desempenho se as mesmas condições não forem dadas, é exigir que as mulheres atinjam à linha de chegada junto com os homens sem que elas partam do mesmo ponto. 

Redação

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