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Teliana Pereira finaliza carreira aos 32 anos

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A pernambucana que quebrou diversas barreiras no tênis feminino nacional anunciou sua aposentadoria após 15 anos no circuito

Por Beatriz Vercesi Bethlem

O exemplo é o que motiva a futura geração. Em um país fraco no tênis e com pouco investimento no esporte, tornando-se, assim, uma categoria elitizada, uma atleta como Teliana é um exemplo e motivação para todas as meninas brasileiras que um dia sonham em se tornarem tenistas profissionais. 

Natural de Águas Belas, no sertão de Pernambuco, Telina e sua família, composta por seus pais e mais seis irmãos, migraram para o Sul do país. O pai, José, que trabalhava com construção civil, participou da obra da academia de Didier Rayon, em Curitiba. Esse foi o primeiro contato da atleta com o esporte. Mais tarde, Teliana recolocaria o Brasil no mapa do circuito profissional femino, quebrando diversos jejuns do tênis brasileiro. 

Em 2015, foi vencedora de dois torneios WTA (Associação de Tênis Feminino) um em Bogotá e outro em Florianópolis. O feito não ocorria há 27 anos, quando Niege Dias conquistou o título no WTA de Barcelona, em abril de 1988. Chegou a ser número 43 do ranking mundial e a primeira brasileira a jogar um Grand Slam desde Andrea Vieira em 1993. Além disso, quebrou outra marca que não acontecia desde os tempos de Maria Esther Bueno, na metade do século passado, quando atuou na chave principal dos quatro Slam: Aberto da Austrália, Wimbledon, Roland Garros e Aberto dos Estados Unidos.

“Fico até emocionada de falar. Foi uma carreira incrível. Não sei, talvez eu tenha ido até muito além do que eu imaginei.”, afirmou a tenista ao ao podcast Match Point, do Globo Esporte. 

Lesões e superações

Foi preciso superar diversas barreiras para conquistar uma carreira tão promissora. Além do tênis ser um esporte extremamente caro no Brasil, Teliana passou por duas lesões, uma no joelho direito e uma no cotovelo direito. Seu joelho foi operado duas vezes, obrigando que a tenista parasse por um ano, tempo considerado longo no mundo do esporte. 

Em 2017 foi necessário dar mais uma pausa por conta de seu cotovelo. Para o podcast Match Point, Telina afirma que a lesão no cotovelo, que a obrigou parar sua carreira pela segunda vez, a desmotivou e, desde então, vinha pensando sobre aposentadoria. 

O adeus às quadras

“Quando um atleta resolve encerrar a carreira não é uma decisão tomada de um dia para a noite. Vamos amadurecendo durante um bom tempo e eu amadureci bastante”, conta Teliana ao podcast Match Point

Para a atleta, as viagens e o tempo de dedicação necessária já não faziam tanto sentido para seu momento de vida, o que contribuiu para que encerrasse a carreira. “A gente decide fazer isso quando percebe que a entrega já não é mais a mesma, o amor e a paixão seguem, mas ter que viajar, ficar longe e acordar para treinar já não era mais a mesma disposição. Esses são sinais de que está na hora. Eu já não tinha mais a mesma obsessão de lutar e me entregar”, completa a tenista. 

No dia 28 de setembro de 2020, Teliana anunciou sua aposentaria ao mundo, deixando um legado que jamais será esquecido pelo tênis nacional. A pernambucana mostra que é possível viver o sonho de ser jogadora de tênis, mas que é necessário muito dedicação e esforço. 

Em suas redes sociais, Telina deixa um recado emocionante de agradecimento ao esporte que permitiu que conhecesse o mundo e construísse uma das melhores carreiras no tênis feminino nacional. “Obrigada tênis por ter sido tão bom, generoso, desafiador e algumas vezes cruel. Eu vou te amar pro resto da minha vida, mas agora é hora de dizer “até logo”. Está na hora de encarar novos desafios, novas lutas. Mas fique sabendo que toda vez que lembrar de nós dois será com um grande sorriso estampado no rosto. (…) Você é minha cara metade”, comenta a atleta. 

Redação

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