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População idosa cresce no País enquanto seu consumo cultural se mantém estagnado.
Por Lucas Ayres e Raphael Soares

“Entretanto, vida diferente não quer dizer vida pior; é outra coisa. A certos
respeitos, aquela vida antiga aparece-me despida de muitos encantos que lhe
achei; mas é também exato que perdeu muito espinho que a fez molesta, e, de
memória, conservo alguma recordação doce e feiticeira. Em verdade, pouco
apareço e menos falo. Distrações raras. O mais do tempo é gasto em hortar,
jardinar e ler; como bem e não durmo mal.” –Machado de Assis, em Dom Casmurro

De fato, viver na 3ª idade é viver um vida diferente; e, concordando com Bentinho, – personagem de Dom Casmurro, de Machado de Assis-, não quer dizer viver vida pior. Há mais cansaço, mas há mais descanso; Há arrependimentos, mas há sabedoria. É uma fase da vida como todas os outras, com prós, contras, deveres e direitos.  E jogar uma luz sobre os mais velhos é cada vez mais importante, especialmente no Brasil. Afinal, é um país em envelhecimento.

A pesquisa mais recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que a população idosa dobrou nos últimos 20 anos. Em 2011, eram 23,5 milhões de homens e mulheres acima de 60 anos em terras tupiniquins, 13 milhões a mais do que em 1991. Hoje são mais de 26 milhões, 13% da população. Destes, 55% são mulheres.

O próprio IBGE estima que em 2030 o número ultrapassará o de crianças de até 14 anos, enquanto a OMS (Organização Mundial da Saúde) diz que 20 anos depois o segmento será um terço do total da população brasileira, com cerca de 66 milhões de pessoas.

O país segue uma tendência mundial de envelhecimento populacional. A Organização das Nações Unidas (ONU), por exemplo, considera o período de 1975 a 2025 como a “Era do Envelhecimento”. A OMS aponta que já em 2020 teremos no globo um número de idosos maior que o de crianças com até 5 anos de idade, pela primeira vez na história, inclusive. Em 2050, serão 2 bilhões de idosos no mundo, segundo a organização, mais que o dobro dos 841 milhões contabilizados hoje.

Essa tendência se dá pela baixa taxa de fecundidade dos países, abaixo do nível de reposição populacional, de 2,1 filhos por mulher. No ano de 2014, a taxa no Brasil estava na casa dos 1,74, cristalizando uma queda de mais de 18% iniciada em 2004, quando era 2,14. A expectativa de vida, pelo contrário, aumentou, de 70,4 em 2000 para 75 anos em 2014. Em 2050, deve bater os 81 anos, segundo previsões do IBGE.

Os números apontam para uma situação inusitada internacional e nacionalmente: o protagonismo social, cultural e até econômico da terceira idade, que já representa cerca de 17% do potencial de consumo do País, com uma renda mensal total de 17 bilhões de reais, além de um crescimento de cerca de 13% do número de assalariados. Isso significa que será necessária toda uma readaptação do País ao crescimento do segmento, como o aumento dos investimentos e até uma reforma da previdência, já que o aumento vertiginoso de idosos pode causar certos desequilíbrios na relação entre força de trabalho e arrecadação e de serviços públicos, principalmente os de saúde, e até no terceiro setor, já que o atendimento ao idoso é diferenciado.

Entre estes investimentos podem, e deveriam estar, incentivos ao consumo e à produção cultural voltada a idosos, que atualmente está aquém do ideal.

O público idoso é visto como o momento de lazer e descanso depois de toda a jornada de trabalho e acúmulos de tarefas e deveres, na qual o tempo livre é o que impera. Para se aproveitar de todos os incentivos privados e públicos há a necessidade de três fatores: o dinheiro para todas despesas médicas e dos afazeres  com o lazer; acessibilidade nos locais que prestigiem o público de todas as faixas etárias com deficiências e dificuldades motoras; e aumento de políticas e medidas culturais de inclusão entre as gerações. Portanto, o consumo cultural de boa qualidade tende a passar por fatores além do financeiro, visto popularmente como o um principal motivo do baixo consumo pela terceira idade.

Dados da pesquisa Cultura em SP de 2014, no entanto, mostra que menos de 15% dos entrevistados com mais de 60 anos apontam a questão econômica como principal motivo para não frequentar cinemas, teatros, museus e exposições. A principal justificativa para tal é o desinteresse ou a falta de costume em frequentar esses espaços. Espaços estes que necessitam de meios para a acessibilidade de pessoas idosas que frequentemente passam por situações desfavoráveis como a locomoção, na qual há a necessidade de uma assistência e formas de interação entre as atividades diversos. Por mais que haja incentivos como a meia entrada ou entradas grátis para a terceira idade, elas não abrangem todas as necessidades desse público.

Entre as diversas maneiras de ocupação do tempo livre na aposentadoria, esta que surge como promessa de um tempo de liberdade de escolhas e de realização de sonhos por muitos anos acalentados, esta uma segunda carreira, empreendedorismo, trabalho voluntário, militância política religiosa ou social, mas se destaca o lazer. Dados de 2006 da pesquisa denominada Idosos no Brasil, na qual entrevistou idosos acima de 60 e jovens e adultos entre 16 e 59 anos demonstram os principais hábitos apontados pelo próprios idosos e qual a visão das gerações mais novas perante a geração mais antiga. Quando perguntados sobre o que mais gostam de fazer no tempo livre, 29% afirmaram assistir TV, uma das atividade dentro de casa, que incluem ouvir rádio, cuidar de plantas, leitura e cuidar de animais. Fora de casa, a principal atividade é passear, que corresponde a 21% dos entrevistados, que englobam todas as atividades que vão desde centros culturais à atividades físicas. 

Dentre as atividades dentro de casa podemos destacar o hábito de leitura que vem crescendo não só entre os brasileiros, mas sobretudo entre os idoso.  Em 2010, 34% dos entrevista informaram que leram no mínimo um livro no ano, um aumento de 11% em comparação com 2009, essa faixa aumenta quando analisados entre a população com 60 anos ou mais, com números que saltaram de 9% em 2009 para 23% em 2010. Essa expansão está entrelaçada com o aumento do público nas bienais literárias e do avanço dos e-books como uma plataforma de leituras prática, dados da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ, 2013)  

Dinheiro não é o principal problema

Um dos dados dessa pesquisa aponta que 51% dos entrevistados possuem mais possibilidade de lazer hoje do que antes de completar 60 anos. Isso é evidenciado pela baixa escolaridade na década passada, na qual uma pessoa com 60 anos hoje entrou na escola por volta dos anos 1960, num período onde a 49,3% das crianças frequentam alguma instituição de ensino no país.

Como consequência a uma baixa renda entre as famílias de idosos que cresceram nesse período, além de pouco dinheiro há também uma barreira cultural que esbarra desde a alfabetização até constrangimento social, o que pode dificultar o consumo entre hábitos de, por exemplo, ir ao cinema. O que  pode levar a um desinteresse e a falta de costume em frequentar espaços que incentivassem atividade como esportes, turismo, lazeres, uma criatividade nova.

Em contramão José Itamar, motorista aposentado, que completará 60 anos em 16 de fevereiro deste ano, afirma que sua principal dificuldade em consumir e participar de hábitos fora de casa é o tempo e sua saúde, em virtude de um filho que está criando e irá completar 3 anos. Quando perguntado sobre o fator financeiro ele afirma que a aposentadoria cobre todas as despesas com o filho, mas que a saúde pesa da mesma forma. “Só tenho um problema de saúde e meu remédio é ele”, uma pequena pausa em sua fala, “três pontes de safena, tá bom para você?”, responde com bom humor em como o nosso corpo tem o seu próprio tempo.

José diz que seu principal meio de consumo cultural é por meio da televisão, por umas questão de comodidade e assinala como boa a representação não só da terceira idade como também a de crianças, por questão de realidade, onde se deve retratar tudo.

Uma situação parecida com a de Cláudio da Silva, 52 anos e comerciante. Assiste televisão como fonte cultural e o tempo e comodidade fazem parte de sua escolha. Mas questionado se a TV, as novelas e o cinema representam ou retratam fielmente a terceira idade ele reflete “todos os papéis que o pessoal faz (os atores), faz parte  do trabalho que ele está fazendo, não dá para criticar porque é o trabalho dele, mas se formos ver de forma geral não é bem tratado como merecia as várias realidade”. Sua visão está embasada nas diversas formas que o idoso pode ser mostrado, desde um idoso vivendo em uma região periférica até um senhor da alta sociedade, o que conta aqui é o personagem retratado, o que para Cláudio é bem feito. Também não podemos esquecer que parte do que acontece na velhice é decorrência de fases anteriores da vida e que independente de fatores econômicos ou de dificuldade de acesso à prática de consumo cultural é algo que faz parte do cotidiano da pessoa, caso ela não tenha essa “rotina”, em reflexo na sua velhice ele também pode não terá um grande leque de consumos.

Podemos notar que os hábitos vão se alterando com sua ativa prática, dia a dia, cotidianamente e de integração. Porém, por vezes há o choque de gerações, na qual as diferenças entre as idades e os práticas colidem e causam quebras de paradigmas, costumes, preconceitos e por fim novos mentalidades e maneiras de enxergar ao seu redor. No entanto incentivos e esforças para atrair pessoas idosas para espaços e eventos destinados a inclusão,  não pode segregá-los do restante do público, planejar de maneira onde sejam destinados apenas a terceira idade é desfavorecer a inclusão.

Frágil é a vovózinha

O nosso herói chega à casa, cansado. A noite foi longa. Ao abrir a porta, um vulto surge no alto de sua visão. Com uma voz mansa e passos vagarosos, lentamente pelos degraus sua avó se revela, à meia luz. Ela está preocupada com a aparência do neto. Examina os hematomas e ferimentos que coleciona no torso, além dos rasgos e manchas vermelhas na sua roupa. Ela suspira, resignada, e logo corre à cozinha para preparar-lhe um lanche e um suco.

Essa passagem não é de alguma história ou de alguma personagem específica, mas serviriam à uma infinidade delas. Pode ser a Tia May, do Homem Aranha de Sam Raimi, pode ser Marva Munson, de Matadores de Velhinhas, dos Irmãos Cohen, ou até a Dona Benta do Sítio do Pica-Pau amarelo. Todas essas personagens seguem quase um manual do idoso no cinema e televisão, com suas fragilidades físicas, emocionais e alienações. Isso porque as representações dos idosos em produtos culturais são, no geral, feitas sob o espectro de fora, isto é, de outras faixas etárias, que dominam a produção audiovisual, gerando, em sua maioria, representações carregadas de esteriótipos, estigmas e até preconceitos.

Essa imagem, no entanto, não cabe mais. O idoso do século XXI não se identifica mais com a ideia de uma pessoa frágil.“Eu não acho legal”, afirma Zoraide, sobre como se vê representada. “Eu não aceito muito esse negócio de velha”, explica. Extremamente ativa, Zoraide dança regularmente. “É uma terapia, faz bem para o corpo e para mente, a gente nunca envelhece”,explica. O vendedor José Luis, de 63 anos, é ativo como a doméstica, dividindo o tempo entre o carrinho de caldo de cana e shows evangélicos com a esposa, mas se identifica com sua representação na televisão, principal atividade do seu tempo livre. “ Eu gosto, mostra muito bem a realidade, o que é e o que não é”, opina o comerciante.

https://www.youtube.com/watch?v=S7f8CD4PYt4

De qualquer forma, não fica restrita à produções audiovisuais. Ela está publicidades e até em placas. “Hoje, o idoso é retratado como uma pessoa em decadência, curvado, dependente de uma bengala e da ajuda de terceiros”, relata Max Petrucci, idealizador do movimento Nova Cara da 3ª Idade, em entrevista à Agência Brasil. O projeto de Max busca mudar a maneira que esta imagem do idoso é concebida no País. “Há uma perda de vitalidade, mas o idoso hoje vive mais, está mais saudável, ativo e produtivo”, completa.

O distanciamento dessa retratação da realidade gera uma distância real entre o idoso e o produto no qual é retratado. Na pesquisa Cultura em SP, realizada em mais de 20 municípios de São Paulo, consta que 19% de homens e mulheres acima de 65 anos nunca foram ao cinema. Entre estes e outros idosos que já foram, mas não o frequentam mais, 41% justificaram falta de interesse na atividade.

No entanto, não são apenas de frágeis vovózinhas e bons velhinhos de que vivem a representação da 3ª idade nas telas. Ao longo dos anos, produtores e cineastas atentos foram propondo personagens mais complexos, cada vez mais humanos, alinhados com suas gerações.

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Não é à toa, porém, que essa imagem do idoso foi sendo reformulada. Ela obedece a percepção da terceira idade como um novo mercado de consumo, apoiado em sua estabilidade financeira e tempo livre. “Esta nova visão do envelhecimento vem associada ao lazer”, explica a pesquisadora Minéia Carvalho, em seu artigo “As Novas Imagens do Idoso Veiculadas pela Mídia”. Para ela, as sinas da velhice são invertidas, remodeladas como “nova juventude”, a “idade do lazer”. “A aposentadoria deixa de ser um momento de descanso e recolhimento para tornar-se um período de atividades de lazer”, pontua a Coordenadora do Projeto de Atendimento ao  Idoso da Universidade Federal de Goiás.

Depois da Novela

A nova dinâmica entre a mídia e a terceira idade pode ser melhor observada na televisão, em que a produção é bem mais maleável em relação à interferências comerciais, em especial as telenovelas, que, coincidência ou não, são sucesso de audiência entre o setor.

Em 2008, a audiência das novelas das 20h em São Paulo e no Rio de Janeiro era composta por, em média, 36% de pessoas de 40 anos ou mais, a última faixa etária na divisão do Ibope (15-24, 25-39, 40+). No horário das 18h-19h, essa média sobe para a casa dos 40%. Em 2015, a audiência da Globo tinha 37% de espectadores com 50 anos ou mais; a Record tinha 38%.

Segundo o Observatório Ibero-Americano da Ficção Televisiva (Obitel), entre os 10 títulos de ficção televisiva mais assistidos do Brasil no ano de 2015, 37,68% tinham 50 anos ou mais. “É certamente um poderoso elemento cultural e identitário”, admite Larissa Leda Fonseca Rocha, professora doutora Universidade Federal do Maranhão, creditando às telenovelas um poder de referência dificilmente encontrado em outras obras ficcionais na esfera da TV aberta, pelo menos às gerações que se limitam a esse suporte. “Um idoso ver uma telenovela é reconhecer-se, identificar-se, sentir-se parte de um todo e isso é culturalmente profundamente significativo e importante”, constata Larissa, que também é e pesquisadora do Departamento de Comunicação da UFM.

Para ela, este poder identitário das telenovelas vai além do público da terceira idade. “Muito do que é ‘ser brasileiro’ e mesmo ‘ser latino’ passa pela ficção seriada exibida na televisão que no Brasil é principalmente representada pela telenovela, o maior carro chefe da indústria cultural brasileira”, aponta Larissa.

De fato, as novelas também são uma referência para outras faixas etárias. O levantamento da Obite aponta que o segundo lugar na audiência é entre as idades de 35 e 49 anos, com 24,35% da audiência das ficções. “A telenovela ajudou a criar uma ideia do que é ser brasileiro, coloca em pauta uma série de debates importantes para nós como comunidade e é por lá que nos identificamos partes de uma nação, ainda que seja uma nação imaginada”, analisa a professora, comentando sobre o expressivo engajamento da audiência desse tipo de produção.

Para a terceira idade, em especial, a relação audiência-programa é mais próxima. Para muitos dos senhores e senhoras que as acompanham, as novelas têm, muitas vezes, o poder de ditar a rotina, a partir de seus horários de exibição, e até pautar os assuntos das conversas, tanto nos seus dramas folhetinescos como no tema que abordam. A figura do casal nas novelas cria o engajamento (Foto: Reprodução,

Larissa Rocha lembra o caso de “Mulheres Apaixonadas”, da TV Globo, que em um de seus arcos contava a história de um casal de idosos que sofria maus tratos da neta, com direito até a agressões físicas, que acabou por incentivar o debate social da questão, chegando até na aprovação do Estatuto do Idosoantes encostado no Congresso. “Os atores que interpretavam os idosos (Oswaldo Louzada e Carmem Silva) foram até o Senado e participaram de uma audiência pública na Subcomissão do Idoso”, rememora.

Apesar de toda a identificação, as novelas continuam sendo fruto de uma lógica capitalista, uma lógica de lucro, e seguem o ritmo do mercado. “Há uma indústria bilionária organizando e incentivando a ideia de que a juventude vale mais do que a velhice”, admite Larissa, relembrando os valores que norteiam a representação do idoso nas telas. “Penso que a  mídia dá um lugar àquele idoso octogenário, tenta dar o espaço do ‘vovô’ e da ‘vovó’, como alguém que precisa ser zelado, cuidado, mas o envelhecimento do sujeito é sempre algo que é omitido, escondido, posto de lado”, completa a professora.

E a minha aposentadoria?

Voltando José Itamar havia nos dito sobre suas despesas financeiras. Ele afirma que dinheiro não é o principal problema para consumir outros meios além da televisão, graças a sua aposentadoria. Mas como o Brasil está caminhando para um país com cada vez mais idosos em sua folha de previdência, como ficará os novos idosos daqui a alguns anos, na qual há mudanças e reformas na aposentadoria?

Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentado por Michel Temer, a reforma deve fazer mudanças nas regras da Previdência e da Seguridade Social. Embora as alterações sejam positivas para os cofres públicos que terminaram o ano passado com déficit de  149,7 bilhões de reais, ele dificultará o acesso à aposentadoria para quem ainda não tem o direito ao benefício.  A expectativa do Ministério da Fazenda é economizar cerca de 678 bilhões de reais em dez anos com as mudanças, e ainda precisam ser aprovadas pelo Câmara e Senado deve gerar uma divisão entre o governo e centrais sindicais.

A partir de 2012, passou a exercer o cargo de coordenador de Previdência do Ipea / Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado.

Marcelo Abi-Ramia comanda a Secretária da Previdência e articula a reforma. (C: Marcos Oliveira/Agência Senado)

A proposta fixa idade mínima para aposentadoria tanto para homens quanto para mulheres de 65 anos e aumento de tempo de contribuição de 15 para 25 anos. Para homens com mais de 50 anos e mulheres acima de 45 e ainda não se aposentaram (regra atual) será aplicado uma regra de transição, na qual eles terão que pagar uma espécie de pedágio de 50% sobre o tempo que faltava para a aposentadoria por contribuição. Com a nova regra para se aposentar será necessário 49 de contribuição, o cálculo do benefício passa a ser equivalente a 76% da média salarial mais um ponto percentual por ano de contribuição adicional (além dos 25 exigidos).

Para conseguir o Benefício Assistencial ao Idoso e à Pessoa com Deficiência (BPC) a idade mínima para requerer o benefício deve passar a ser 70 anos (acima dos 65 previstos atual) e poderão receber números menores ao salário mínimo. O BPC é um dos maiores programas de distribuição de renda país, com 4,3 milhões de beneficiários em 2016 e com volume orçamentário 50 bilhões de reais, superior ao do Bolsa Família, 29,7 bilhões.

Para servidores público também será aplicado mudanças, mas este setor possui regime próprio de Previdência Social, com regras de transição por dois anos. Para pensões por morte, atualmente ela é integral, mas com a nova regra ela será cortada para 50% mais 10% por dependente e ela será desvinculada do reajuste do salário mínimo, o que permite ganhos reais.

Mas para aquele que já recebem o benefício a aposentadoria, as alterações não serão aplicados. “Nada, absolutamente nada, se altera para aquelas pessoas que já recebem suas aposentadorias, suas pensões, e também para aquelas pessoas que mesmo que não se aposentaram já completaram condições de acesso”, afirmou o secretário de Previdência, Marcelo Caetano pela ElPaís.

 

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Redação

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