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Paralisação em Santander Bauruense

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Bancários cobram menos abusos e assédio moral no ambiente de trabalho
Lucas César Ramos e Vítor Peruch
“Agência Fechada. Contra os abusos! Contra o Assédio Moral!”. Era o que se lia em grandes cartazes colocados nas paredes de vidro do banco Santander da Avenida Duque de Caxias, quadra 23, em Bauru. Em frente à agência, uma caixa de som e um sindicalista exaltado amplificando as ideias do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região – Conlutas. A paralisação é pontual e ocorreu, a princípio, no dia 11 de setembro e apenas na agência da Duque de Caxias. Dentro do banco, somente os caixas eletrônicos funcionando. A interrupção é uma reação à demissão de um funcionário da agência que, segundo o sindicato, tinha mais de 9 anos de “Satãder”, como é apelidado o banco nos flyers da organização. O homem teria sido demitido sem justa causa. Para o Sindicato, a “justa causa” da demissão é clara: “o trabalhador ousou denunciar os abusos de uma gerente já bastante conhecida por sua truculência”. Era o que se lia no panfleto que era entregado aos transeuntes.
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Sindicalistas lamentam as demissões em massa. Foto: Estela Pinheiro/Seeb Bauru
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região é ligado ao CSP Conlutas – Central Sindical do Brasil, fundada em junho de 2010 por setores da população trabalhadora que não se identifica com as políticas dita governistas da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros). Contra as reformas neoliberais que foram aplicadas a partir do governo Lula, o CSP Conlutas agrega trabalhadores que são desvinculados do governo, de acordo com o manifesto do site cspconlutas.org.br. A paralisação da sexta-feira de 11 de setembro é uma reação á uma prática que, segundo os empregados, é recorrente nos bancos de Bauru e do Brasil: a demissão em massa de trabalhadores, sem justa causa. Maria Bueno, 54, da diretoria do Sindicato, diz que a demissão é uma reação clara às denúncias que o funcionário – cujo nome é preservado – fazia à ouvidoria do banco, sobre o assédio moral que sofria: “O banco dispõe de um canal de denúncia para coibir o abuso de gestores. O empregado estava se sentindo assediado por uma gestora e utilizou o tal canal, e foi demitido por isso”. Segundo Bueno, esses canais são uma hipocrisia, pois o banco não quer que o funcionários reclamem, apenas quer ganhar dinheiro em cima deles.
Para solucionar os problemas envolvendo os bancários e alta concentração de renda que ocorre nesse setor, o CSP Conlutas e o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região apoiam a causa da estatização do sistema bancário brasileiro. Era o que o sindicalista dizia ao microfone na tarde chuvosa de 11 setembro, na Avenida Duque de Caxias. Segundo o Portal G1, os ganhos dos 4 maiores bancos do Brasil somados cresceram mais de 40% no primeiro semestre de 2015, se comparados com os primeiros seis meses de 2014, e esse lucro não é revertido aos trabalhadores. Para solucionar esses problemas, os trabalhadores do Sindicato e CSP defendem uma estatização que dê atenção às mazelas da população trabalhadora. “Os 5 maiores bancos do brasil, Banco do Brasil, Caixa, Santander, Itaú, Bradesco custeiam a dívida pública a juros altíssimos. Os impostos que toda a população paga é utilizado para pagar essa dívida pública. O banqueiro não está nem um pouco preocupado com isso, pois lucra com essa atividade. Enquanto houver bancos agindo dessa forma devemos cobrar a estatização.”, analisa Maria Bueno.
Outra Demissão
No mês de agosto, outra trabalhadora foi demitida pelo mesmo banco. Esta trabalhadora entrou pela cota da lei de inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais (PNE), e de acordo com nota divulgada pelo Sindicato, durante 24 meses a exerceu os serviços estipulados em um cenário imoral no banco.
O Santander  não teria fornecido nenhum tipo de estrutura e apoio  para que a funcionária tivesse sua saúde e seus direitos resguardados e demitiu a trabalhadora no início do mês.
Outro Banco
Três agências do Banco Itaú na cidade de Bauru tiveram suas atividades paralisadas no dia 20 de agosto. A razão também está atrelada às demissões de trabalhadores. Cinco funcionários do banco tiveram demissões injustificadas. Entre eles, um gerente operacional da agência localizada na Vila Falcão, em Bauru, que estava na empresa há mais de 20 anos e sob tratamento médico.
Com a demissão do gerente operacional e o afastamento da gerente geral, a agência ficou sem um gerente para realizar as tarefas diárias e permaneceu fechada até que o banco enviasse um coordenador substituto.
A Polícia Militar (PM) de Bauru foi chamada para abrir a agência, entretanto, os bancários seguiram com as reinvidicações.
Indicativo de greve
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região lançou no dia 1º de setembro um indicativo de greve para o dia 23 do mesmo mês. Em um ato no Centro da cidade de Bauru, funcionários distribuíram panfletos aos bancários e realizaram um “buzinaço” para alertar a população da possibilidade da greve, caso os banqueiros da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) se recusem a reconhecer os problemas  de assédio moral, maus-tratos aos trabalhadores e demissões em massa dos bancários.
De acordo com membros do Sindicato, na última reunião realizada no dia 19 de agosto, os representantes da Fenaban afirmaram que o setor financeiro é o que menos demite no Brasil.
Lucros dos Bancos no 2º trimestre de 2015
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G1/Bancos
Enquanto a indústria e o comércio registram grandes quedas até o meio do ano, os lucros dos grandes bancos alcança recordes

Redação

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